Opinião
Car�ncias cr�nicas

O Brasil se prepara para participar da Rio + 10, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre ambiente e desenvolvimento sustentável que será realizada em agosto e setembro na África do Sul. O evento não deixará de apresentar alguns resultados significativos nessa área, graças à luta desenvolvida pelos diversos segmentos da sociedade civil organizada. Os resultados até agora alcançados com as medidas de proteção ao meio ambiente poderiam ser melhores se o governo federal não deixasse de priorizar, nos dois mandatos de FHC, os investimentos necessários à redução dos terríveis indicadores sociais. Se o País não estivesse entre os de maiores desigualdades em todo o mundo. Continuamos necessitando de ações eficazes de proteção aos ecossistemas, de programas que proporcionem a melhoria das condições de vida da população que enfrenta os maiores problemas da pobreza e da desigualdade nas áreas urbana e rural. Os desafios que temos a enfrentar são crescentes e cada vez mais assustadores. Como as ocorrências de doenças de veiculação que têm assolado em várias partes do território nacional, devido a falta de saneamento básico. Esse é um dos setores mais afetados com os cortes promovidos pelo governo federal nos recursos orçamentários. É um dos que vêm sendo tratados a pão e água há vários anos, como mostra o Diário de Pernambuco, em matéria publicada na semana passada. Segundo ele, as 25 empresas públicas de saneamento básico vão ter de garimpar recursos para as obras este ano. Além de não contar com novas linhas de saneamento, o setor vai amargar um corte superior a R$ 1 bilhão no Orçamento Geral da União (OGU) este ano. Os cortes vão afetar, principalmente, as verbas do Projeto Alvorada, que distribui recursos com os municípios para as ações preventivas de saúde através do saneamento.