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Nº 5797
Opinião

Engenharia alagoana (XI)

| Vinícius Maia Nobre * Escrever sobre o engenheiro Manoel Machado Ramalho de Azevedo é lembrar da centenária Escola de Engenharia do Recife e mais ainda parte da memória de Alagoas. Embora alagoanos de Maceió, nos conhecemos nos idos 1950 quando prestam

Por | Edição do dia 18/10/2007 - Matéria atualizada em 18/10/2007 às 00h00

| Vinícius Maia Nobre * Escrever sobre o engenheiro Manoel Machado Ramalho de Azevedo é lembrar da centenária Escola de Engenharia do Recife e mais ainda parte da memória de Alagoas. Embora alagoanos de Maceió, nos conhecemos nos idos 1950 quando prestamos vestibular naquela escola e moramos por cinco anos na mesma pensão da Rua do Príncipe, a famosa ADA. Nascido em 30 de junho de 1932, primogênito do casal Alda e Manoel Ramalho de Azevedo, foi também o mais jovem e destacado engenheirando da turma de 1954. É bisneto da grande figura humana e intelectual Luiz Lavenére, teatrólogo e jornalista. Manoel e dois de seus irmãos, Luiz Alberto e Paulo Ney, cursaram o primário no pavilhão na Praça da Catedral e na Escola de dona Maroca (Rua do Livramento) e, em casa, com a profa. Laura Pimentel de Mendonça. O ginasial e o científico foram no tradicional Colégio Diocesano dos Irmãos Maristas. Neste colégio também estudaram seus irmãos mais novos, José Cláudio, médico no Rio, e Antônio Carlos, líder religioso como irmão Marista. Voltando do Recife como engenheiro, foi admitido na CER, atual DER-AL, em 1955, tendo exercido muitas funções nesse órgão rodoviário, inclusive o de diretor-geral. Em 1958 foi convidado, por sua experiência, para trabalhar no DNER e lá permaneceu até sua aposentadoria. Professor de Química em vários colégios de Maceió, excelente didata, dizia-se que só gesticulando transmitia a teoria atômica. Como professor titular da Escola de Engenharia da Ufal ministrou a cadeira de Química Tecnológica e Analítica. Na universidade, foi pró-reitor acadêmico e pró-reitor de pesquisa e pós-graduação. Escolhido pelo Conselho Universitário para compor a lista sêxtupla, foi nomeado e assumiu o comando do mais alto cargo daquela instituição, em 1976. Foi um reitor jovem, idealista, com ampla visão do futuro de nossa terra. Muitas vitórias foram alcançadas em seu quadriênio e destaque-se a persistência em prol do reconhecimento do curso de Arquitetura. Ao concluir o seu mandato, em 1980, fez história como uma das melhores administrações de nossa universidade. Casou-se com Lúcia Maria Mello Ramalho de Azevedo, companheira inseparável, com quem teve três filhos: Manoel Affonso, Alda Lúcia e Fernando Ney. Agora avô extremado de cinco netos, exerce com maestria o dom que Deus lhe deu com tanto desvelo, transmitindo a eles o saber e a compreensão do que se passa no mundo contemporâneo. (*) É engenheiro.

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