Riscos crescentes - Editorial
Representantes de universidades públicas e de instituições ligadas ao meio ambiente, debateram até sexta-feira última, em Recife, alternativas para barrar o desmatamento na Floresta da Caatinga, por meio do incentivo a práticas de manejo florestal. Segu
Por | Edição do dia 25/11/2007 - Matéria atualizada em 25/11/2007 às 00h00
Representantes de universidades públicas e de instituições ligadas ao meio ambiente, debateram até sexta-feira última, em Recife, alternativas para barrar o desmatamento na Floresta da Caatinga, por meio do incentivo a práticas de manejo florestal. Segundo o Programa Nacional de Florestas, do Ministério do Meio Ambiente, em declarações publicadas pela Agência Brasil, 35% das indústrias da região utilizam a lenha extraída de árvores da caatinga como matriz energética nos processos de produção, sem se preocupar com a recuperação da vegetação degradada. Mais de 90% do material consumido é obtido de forma ilegal, por meio de desmatamento. Ao mesmo tempo, na Espanha, houve a divulgação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas. Na ocasião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, referiu-se à grave situação da Amazônia e da Antártida e assegurou que uma ação global e abrangente é necessária agora. Antes de fazer a advertência, o secretário-geral da ONU também afirmou que os pesquisadores deram o primeiro passo, mostraram o caminho a seguir. Agora, os líderes políticos mundiais estão convocados a agir de maneira concreta. As respostas políticas são absolutamente urgentes afirma o líder da ONU. Tais respostas, como têm alertado os especialistas em várias partes do mundo, devem ser em forma de prevenção contra inundações e erosões nas regiões litorâneas, o agravamento da desertificação e das secas em outras. Sem esquecer a possibilidade de faltar comida para cerca de sete bilhões de pessoas no nosso planeta, conforme observações feitas, em Brasília, por pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do IPCC, na mesma data da divulgação desse mais recente estudo da ONU.