Os 50 anos do hino de Macei�
| Luiz Barroso Filho * O hino de Maceió, de autoria do maestro Edilberto Trigueiros e do poeta Carlos Moliterno, escolhido em concurso (Prêmio Cidade de Maceió), do qual participaram mais cinco composições, está completando 50 anos. Instituído pela Lei
Por | Edição do dia 06/12/2007 - Matéria atualizada em 06/12/2007 às 00h00
| Luiz Barroso Filho * O hino de Maceió, de autoria do maestro Edilberto Trigueiros e do poeta Carlos Moliterno, escolhido em concurso (Prêmio Cidade de Maceió), do qual participaram mais cinco composições, está completando 50 anos. Instituído pela Lei 558, de 17 de outubro de 1957, o hino oficial da capital alagoana, cuja primeira gravação em disco só ocorreu em 1990, realizada pela Secretaria e Comunicação Social, na gestão do jornalista Rosivan Vanderley, foi interpretado pelo coro Menestréis das Alagoas, sob a regência de Benedito Fonsêca, acompanhado pelo grupo de sopro e percussão da Orquestra Sinfônica de Sergipe, regido por Edson Camilo de Moraes. A referida gravação, no entanto, não apresenta uma boa qualidade técnica, o que seguramente prejudica a divulgação da bonita melodia do professor Edilberto Trigueiros e da letra do poeta Carlos Moliterno, que transmite uma mensagem de amor a sua cidade, exalta suas belezas, suas riquezas e seu valoroso povo: És, Maceió, altiva e majestosa /Feliz nascente entre a lagoa e o mar /Ao lado da capela milagrosa /De um velho engenho pobre e secular. /Pelo trabalho e pelo esforço ingente /Como a bravura de teus filhos nobres /E debaixo de um sol glorioso e quente /Veio a riqueza dessas terras pobres. /Tu tens paisagens, Maceió, famosas /Teu sol é quente e teu luar é claro /São tuas praias belas e formosas /De um tom de prata, deslumbrante e raro. /E desde o alvorecer das madrugadas, /Da Ponta Verde às curvas do Pontal, /Os coqueiros e as velas das jangadas /Dão-lhe um vigor de tela natural. /A tua glória promana /Desses teus filhos audazes /Cujo alto valor se irmana /Aos dos heróis mais capazes. /Maceió, terra adorada! /Ó terra bela e altaneira! /Tua história é proclamada /Pela nação brasileira. Sobre seus versos, Carlos Moliterno, que era uma pessoa meticulosa além de crítico literário, evitava comentá-los, porque eles foram refeitos às vésperas do encerramento das inscrições do concurso, já que alguns versos compostos inicialmente, não encaixavam na música, por causa da métrica. Então, o poeta achava que o hino poderia ter ficado melhor, se não tivesse sido feito de última hora. Apesar da cisma do autor, em 2005, o hino foi regravado pelo talentoso compositor/cantor Eliezer Setton, com o objetivo de popularizá-lo, o que comprova a importância desse símbolo da nossa cidade. Nesse sentido, o vereador Marcelo Malta também vem promovendo uma campanha, e um projeto de lei da sua autoria foi aprovado na Câmara Municipal, tornando obrigatória a execução do hino de Maceió nas escolas públicas. (*) É advogado e membro da Academia Maceioense de Letras.