app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5791
Opinião

Salve os engenheiros!

| Álvaro José Menezes da Costa * Historicamente o engenheiro, principalmente o civil, esteve associado a cálculos e construções. A principal missão desse profissional era dimensionar estruturas e sistemas de qualquer tipo, usando o determinismo dos cálcu

Por | Edição do dia 11/12/2007 - Matéria atualizada em 11/12/2007 às 00h00

| Álvaro José Menezes da Costa * Historicamente o engenheiro, principalmente o civil, esteve associado a cálculos e construções. A principal missão desse profissional era dimensionar estruturas e sistemas de qualquer tipo, usando o determinismo dos cálculos. Valorizava-se o engenheiro basicamente por sua capacidade de calcular e construir. Com o tempo, esse conceito foi sendo aperfeiçoado pela associação da engenharia ao planejamento e a gestão, aproximando o engenheiro da administração e da economia. Dessa forma, a inserção do planejamento como atividade imprescindível para a realização da boa engenharia, levou à valorização do engenheiro projetista, tão importante quanto o construtor. Mais recentemente, a sociedade e a própria natureza, fizeram com que o engenheiro passasse a ser um profissional que deve ter como norteadores de seus projetos, obras e administração a conjunção de três fatores que garantem a sua sustentabilidade: o social, o econômico e o ambiental. Focado nesses fatores, o engenheiro tem tudo para realizar empreendimentos sustentáveis. Antes como hoje, principalmente com o PAC lulista, o engenheiro está sendo um profissional requisitado e disputado. Será que está sendo valorizado? Nem tanto. Alguns fatos recentes atestam o pouco valor dado por políticos e gestores públicos aos engenheiros, sempre úteis, porém, sem valor real. O que mais demonstra isso é a desqualificação e desvalorização dos projetos. Desde 1990, quando se implodiu a gestão e o planejamento no Brasil, fazer projetos de engenharia virou um mero detalhe, afinal, juntar planilhas e desenhos para serem transformados em emendas parlamentares é muito mais fácil que realmente contratar um bom e sério profissional para que se tenha em mãos um verdadeiro projeto de engenharia. Não há tempo nem dinheiro para elaborar projetos?! Assim, com maus projetos, o resultado são obras inacabadas, mal construídas e com sua função comprometida. Aí, culpar o mau político virou um chavão que precisa ser complementado, pois, por trás de todo mau político ou dirigente público sempre há um mau técnico (engenheiro, advogado, médico, etc.). Deixando isso de lado, os engenheiros brasileiros têm muito a comemorar no dia 11 de dezembro, pois, apesar dos males decorrentes das mazelas governamentais e políticas, temos capacidade técnica e tecnologia de primeiro mundo. Viva a engenharia! Salve o engenheiro! (*) É engenheiro civil e diretor comercial da Casal.

Mais matérias
desta edição