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Dilema existencial

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| Gilberto de Macedo * Diante do que se vê, e ouve, sobretudo, a respeito dos acontecimentos trágicos do mundo, pergunta-se: o que, e como fazer para lograr felicidade, esta que é aspiração de todos hoje e sempre? O que fazer para que a tragédia não envolva as novas gerações? Apelar para alguém, uma só pessoa, para salvar a humanidade não é razoável; aqui na terra, não é possível, pois, como aquele filósofo já dizia, com toda lucidez: Nenhum de nos é bastante, bom,nem bastante sábio, para ser um ditador. Não existe essa pessoa que, sozinha possa mudar o mundo, corrigindo os defeitos e implantando o bem universal. A ditadura é uma excrescência e o ditador um farsante. Estamos diante do dilema: o que fazer? Não é um jogo de adivinhação, mas uma definição da realidade cuja problemática requer solução lógica na prática das mudanças. Assim, temos, das lições dos cientistas sociais e pensadores, que a crise existencial esta vinculada à mentalidade imperante na sociedade de hoje, no mundo inteiro, cada país com sua forma particular. É a mentalidade que se insta hoje no curso mesmo da implantação de falsos valores, que impede a formação da boa consciência social, que leva à correção política dos erros na sociedade. Sem aperfeiçoamento da consciência social não há correto comportamento global da sociedade. Estar-se-á repetindo os desregramentos, sob novas formas. Assim, o dilema existencial intima, afetando a vida humana, cada vez mais à medida que o chamado ?progresso? acontece. Está evidente que essa mudança implica em transformação estrutural da sociedade. Como fazê-la é a questão a ser discutida por todos. Enquanto isso, o dilema existencial continua pedindo definições: o que está errado e o que é certo, e o que é possível como proceder? É questão política, que diz da governabilidade. Enquanto isso, há de se viver no sofrimento que o dilema suscita, de maneira geral, em todos os lugares. Dilema gerado das contradições, entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, entre a verdade e a mentira. Sofrimento, mas com esperança e disposição para lutar por um futuro melhor, onde impera a justiça para todos. E assim construindo um mundo, onde não aconteça o dilema existencial, mas a certeza de bem-estar e felicidade para todos. Lutar por isso é fazer, pois, a benemerência mesma da condição humana no rumo das espécies e da posição do homem na sociedade e na história. Negar-se é uma contradição injusta, que merece críticas. (*) É médico.

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