Renovam-se as esperanças de um ano-novo realmente novo. É especialmente importante se ter inovadoras metas a construir neste 2008, pois, até ontem, o ano velho teimou em se encerrar sem estimular alvíssaras para o porvir. Dentre outros acontecimentos lamentáveis do ano findo, o assassinato da primeira mulher a chefiar um governo no mundo muçulmano confirma preocupantes perspectivas para o futuro imediato, aqui incluído este ano. E não podemos nos esquecer de que os conflitos no mundo globalizado não têm fronteiras e as ondas de choque do terror mexem com a vida de todos, mesmo nos países distantes dos epicentros explosivos. Inicia-se este ano sob o clamor por novas atitudes dos dirigentes das nações mais poderosas no sentido de que propostas inovadoras possam ser discutidas e implementadas, reduzindo as tensões nas áreas de conflagração mais perigosas para o mundo. As velhas políticas, levadas a prática até agora, reafirmam sua impotência em amainar as contradições e criar bolsões de Paz. Pelo contrário, todas as recentes incursões praticadas pelos Estados Unidos e seus aliados têm se revelado fracassos monumentais e replicado no recrudescimento do terror. Ano-novo, novas políticas globais – essa seria uma esperança digna de se lutar, em todo mundo. Luta dura, pois não são emitidos sinais de alterações significativas no pensar dos líderes dos países mais bem armados. Mas o que seria do mundo se não existissem pessoas dispostas a dar tudo de si para construir novas alternativas para a vida? Este ano que se inicia precisará muito das pessoas detentoras desta força. Quanto mais gente cobrar, em todo mundo, novas práticas políticas, menos difícil será a caminhada por um mundo de paz. Hoje, dia da fraternidade universal, é momento de se reanimar as esperanças.