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A pol�tica e o povo

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MILTON HÊNIO * Hoje é o último dia determinado pela lei eleitoral para os candidatos se apresentarem através de um partido político em busca do voto do povo. Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, governos dos Estados e Assembléias Legislativas, sofrerão mudanças totais ou parciais pela decisão soberana do povo. Os candidatos que se apresentarem devem saber que os tempos são outros. As pesquisas nacionais e locais (Gape) vêm demonstrando que o povo, ao escolher o seu candidato, pouco se interessa pelo seu partido; o importante é o seu valor pessoal como candidato. Aqui em Alagoas, o Gape mostrou que mais de 50% dos alagoanos pensam assim. Mudou o pensamento das pessoas. Nem sempre o dinheiro e presentes oferecidos conquistam o voto do eleitor. Há sinais evidentes de novos tempos. As lições de sofrimentos que o povo tem passado têm mostrado que já é tempo de acordar. É preciso caminhar com altivez num mundo globalizado e cheio de conflitos. E a política desempenha um papel notável nessa caminhada. É necessário, portanto, perseverar na luta, promovendo uma aproximação cada vez maior entre os eleitores e seus representantes. É imensa a responsabilidade dos que hoje estão sendo escolhidos nas diversas Convenções, pois a lição dos tempos nos tem mostrado que não é possível mantermos uma política atualizada, dinâmica, sem uma cultura nova, com “homens novos”, capazes de, com entusiasmo e visão social, batalhar pelos interesses do povo, dentro da ética, com respeito ao seu próximo acima dos interesses pessoais e de grupos. Temos de fazer uma política de comunhão. Levar a fraternidade à política. É este o desafio que se apresenta neste momento, neste mundo tão cheio de injustiças, principalmente o Brasil. Acredito sinceramente que o povo brasileiro estará atento, como jamais esteve, apesar de cansado e desiludido. Hoje, o Brasil não é só mais dos brasileiros; asiáticos, judeus, italianos, africanos, enfim, raças e povos do mundo inteiro aqui vivem na esperança de felicidade. Somos um País rico, imenso, com uma flora e uma fauna de causar inveja ao mundo inteiro. Temos um litoral belíssimo e uma natureza pródiga que nos encanta a todo instante. De mãos dadas, eleitos e eleitores, teremos de promover de todas as formas o desenvolvimento de nossas potencialidades e tentarmos juntos a solução dos graves problemas que afligem o presente. A partir de hoje, escolhidos os candidatos, temos até o dia das eleições que discutir o assunto política. Este exercício do voto consciente requer, acima de tudo, a superação da idéia de que “política não me interessa”, “não discuto política” e “política não entra nos meus assuntos”. É errado pensar assim. É preciso conversar e esclarecer sua opinião sobre o melhor candidato ao papel que ele pode desempenhar em benefício da nossa comunidade. Uma análise mais profunda do Brasil atual nos permite dizer que a vida política brasileira está entrando em uma nova fase, passando por um processo, digamos, de purificação, vagaroso, lento, mas com perspectivas de um futuro promissor. Procuradores e juízes jovens, cheios de sonhos estão ajudando nesse processo novo por um Brasil decente. Portanto, amigo eleitor, procure de toda sorte eliminar o mau político, aquele que só acarreta prejuízos para todos. Precisamos caminhar com passos mais largos e seguros em busca do progresso e da paz. Só conseguiremos isso com bons legisladores. Os políticos escolhidos hoje terão que fazer um “pacto” onde ficam definidos os limites e as responsabilidades de cada um para o conhecimento dos seus eleitores. Político que se conscientiza e se converte em benfeitor da humanidade é gratificado. Como diz o padre Roque Schneider: “Coração que se converte, converte o mundo. Em silêncio. Lentamente. Devagar... Como as águas de um riacho que deslizam para o mar”. (*) É MÉDICO

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