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Nº 5795
Opinião

Alerta amarelo - Editorial

A primeira reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS) do ano, realizada quinta-feira, em Brasília, teve vários aspectos importantes, sendo talvez o principal deles a abordagem dos problemas ligados aos mecanismos de prevenção, vigilância e promoção do se

Por | Edição do dia 12/01/2008 - Matéria atualizada em 12/01/2008 às 00h00

A primeira reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS) do ano, realizada quinta-feira, em Brasília, teve vários aspectos importantes, sendo talvez o principal deles a abordagem dos problemas ligados aos mecanismos de prevenção, vigilância e promoção do setor Saúde em todo o território nacional. Exatamente quando as causas de preocupações e de medo no País aumentam com as ocorrências de febre amarela já comprovadas na região do Planalto Central. Este é um dos assuntos merecedores não apenas de debates, mas de atenções verdadeiramente especiais, antes mesmo das notificações dos primeiros casos. Ainda mais em ocasiões como a que o País está vivendo por causa das novas ocorrências comprovadas de febre amarela, mesmo ainda em quantidade reduzida. A doença, que vinha sem registro em nossos centros urbanos há várias décadas, volta a ser causa de mortes e de outros fatos que só acontecem onde faltam ou são deficientes as políticas direcionadas para a medicina preventiva. E experiências bem sucedidas, inclusive com repercussão internacional, não faltam nessa área no Brasil, como podemos constatar verificando dados de antes da metade do século passado. Também de décadas mais recentes, e comparando-os com os resultados das campanhas de vacinação contra a paralisia infantil e a raiva promovidas nos últimos vinte anos. Declarações de autoridades presentes à reunião do CNS avaliam que “por uma questão até cultural, a prevenção é relegada a um plano secundário no Brasil, com os esforços se concentrando no tratamento da doença já instalada, o que sai muito mais caro para todos”. Declarações como esta devem ser registradas e cobradas das autoridades como compromissos reais, pois no Brasil os recursos para a saúde continuam sendo insuficientes diante das necessidades crescentes.

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