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Nº 5797
Opinião

Inf�ncia sob perigo - Editorial

Pelas contas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o número anual de mortes de crianças teria caído “praticamente pela metade, desde 1960”. Ao mesmo tempo, o Unicef alerta: os números atuais ainda são inaceitáveis. No ano de 1960, segundo

Por | Edição do dia 24/01/2008 - Matéria atualizada em 24/01/2008 às 00h00

Pelas contas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o número anual de mortes de crianças teria caído “praticamente pela metade, desde 1960”. Ao mesmo tempo, o Unicef alerta: os números atuais ainda são inaceitáveis. No ano de 1960, segundo essa contabilidade, foram registrados 20 milhões de óbitos de crianças. Em 2006 as contas exibiam a morte de 9,7 milhões de crianças. Tem razão o alerta. Apesar da redução ter sido inegavelmente significativa, o mundo contemporâneo não tem muito o que comemorar em relação às condições de vida (e sobrevivência) de milhões de crianças – especialmente nos bolsões globais de miséria. A referência principal para se fazer a crítica no lugar de realizar comemorações é que a meta mundial de redução de dois terços da taxa de mortalidade infantil (tomando-se como base o ano de 1960) não dá mostras de que será alcançada até 2015, conforme acordo estabelecido na Organização das Nações Unidas entre os líderes mundiais como parte do compromisso “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”. Pelo balanço do Unicef, dos 62 países que não mostram um avanço suficiente rumo a essa meta, quase 75% deles são africanos. Além disso, apenas três das 46 nações da África subsaariana aparecem em condições de chegar à meta: Cabo Verde, Eritréia e Ilhas Seychelles. Diz o Unicef que “em média, mais de 27 mil menores de cinco anos morrem a cada dia, a maioria por causas que poderiam ser prevenidas. Mais de 80% desses falecimentos ocorreram em 2006 na África subsaariana e no sul da Ásia”. Exatamente nestes focos da morte, os avanços da vida têm sido tímidos. Olhando para esse estudo (e para essas críticas) da ONU, devemos olhar para nossa comunidade e perguntar: como está a luta contra a mortalidade infantil em Alagoas? Nossos resultados (?) podem ser considerados satisfatórios?

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