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Nº 5790
Opinião

Eu s� queria entender...

| Mirian Gusmão Canuto * Abro a Gazeta de Alagoas e leio o que a mídia televisionada havia denunciado na véspera: “Liberado o Aeroporto de Congonhas”. Por quais reformas passou? Teriam derrubado os prédios circunvizinhos? Aquele Hotel de luxo construído

Por | Edição do dia 26/01/2008 - Matéria atualizada em 26/01/2008 às 00h00

| Mirian Gusmão Canuto * Abro a Gazeta de Alagoas e leio o que a mídia televisionada havia denunciado na véspera: “Liberado o Aeroporto de Congonhas”. Por quais reformas passou? Teriam derrubado os prédios circunvizinhos? Aquele Hotel de luxo construído na linha de pouso, cuja obra foi a princípio embargada, e depois, “misteriosamente liberada”, teria sido implodido? Em nosso País temos pronunciamentos e medidas incabíveis! Hilárias! Vão do incompetente ao irresponsável! É justamente neste contexto que está a decisão do Ministro Nelson Jobim. O Ministro do “Faça ou vá Embora” tem muita retórica. Sente-se à vontade nos holofotes! Que critérios adota? Declarou o sr. Jobim que aceitou o convite para resolver o caos aéreo a pedido da esposa. Assumiu o Ministério cheio de propostas. Quase me convenceu! Em 21 de janeiro de 2008, anunciou “a retirada da proibição de conexões e escalas em Congonhas”. É preciso lembrar que em 18 de agosto de 2007, há menos de 6 meses pronunciou o Ministro: “Congonhas não é nem voltará a ser em hipótese alguma, ponto de distribuição”. A restrição ao Aeroporto de Congonhas havia sido anunciada em julho de 2007, após a tragédia envolvendo o Air Bus da TAM que não conseguiu parar na aterrissagem e chocou-se com um prédio matando 199 pessoas. O sr. Nelson negou que o recuo seja correção de um erro. “Naquele momento, a mudança se justificava, havia um caos e uma falta de ligação entre os órgãos. Não é questão de que tenhamos errado, é que reassumimos o controle”. Ministro, o controle de que? O que o fez mudar radicalmente de pensamento? Em que argumentos o sr. se baseia? O Presidente do SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) sr. Márcio M. Mollo nega que tenha pressionado o Ministério, mas, endossa: “É um avanço no sentido de restabelecer a normalidade”. Restabelecer que normalidade? O Ministro da Defesa também desistiu de construir a terceira pista do Aeroporto de Guarulhos, obra considerada essencial para atender o crescimento do setor. E afirma: “As opções analisadas eram inviáveis” e não compensavam o alto custo. E ressalta que o local previsto para a pista teria limitações técnicas: “É incompatível com o perfil das aeronaves”. Ministro, o que mudou? As condições dos terrenos foram alteradas? O orçamento foi fictício? As características das pistas modificaram-se? Os modelos das aeronaves são outros? Eu só queria entender... (*) É médica e empresária de Turismo.

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