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sexta-feira, 28/03/2025 | Ano | Nº 5933
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Opinião

Continua, Brasil!

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Campeão do mundo, o Brasil vive seu grande êxtase pela quinta vez. Em todos os recantos do País, o entusiasmo é um só e contagia sem distinção de classes, ideologias ou quaisquer outras diferenças. Bandeiras nacionais tremulam em carros, bicicletas, ônibus, motos, carroças; são penduradas em taperas e mansões; viram capas de super-heróis anônimos e dos próprios atletas pentacampeões. O amor-próprio brasileiro aflora e transborda. Um maravilhoso espetáculo popular. Um momento único. Não deveria ser único, para o bem do Brasil. Toda essa unicidade de ideal e vontade deveria estar presente em outros momentos da vida brasileira. Cada vez mais o Brasil precisa desse incremento de força a seu amor-próprio. O sentimento de nação precisa ser disseminado, espalhado para muitas outras áreas além do futebol. Poderíamos ser campeões em inúmeras atividades além do esporte. Já fomos imbatíveis no açúcar, no café, no ouro, na borracha natural, soja... Deveríamos estar entre os melhores no campo do desenvolvimento humano, nas menores taxas de mortalidade, nos maiores índices de alfabetização, na melhor utilização das terras. Temos tudo para ser o maior exemplo na correta utilização do meio ambiente, harmonizando a utilização racional da natureza com a defesa prática da ecologia nas maiores reservas do mundo. Jogaríamos entre os campeões da industrialização, onde o engenho brasileiro tem condições de ser o grande vencedor em diversos segmentos, disputando os melhores mercados do globo. Tecnologia não nos falta, recursos naturais muito menos, capacidade intelectual sempre foi um trunfo das brilhantes cabeças brasileiras. Falta o quê ao Brasil para a utilização desses potenciais? Porque, fora o futebol, nossas bolas são sempre chutadas para fora? No epicentro das comemorações pelo pentacampeonato, deveria aflorar esse questionamento: por que não aproveitar essa imensa força e unidade nacional para virarmos o jogo nos campos da política e do desenvolvimento?

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