Opinião
Saneamento Básico .
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A lição de Alagoas para um futuro sem doenças como a dengue
No cenário atual do Brasil, onde mais de 715 mil casos de dengue foram registrados nos primeiros dois meses de 2024, causando 135 mortes, a questão da saúde pública é mais urgente do que nunca.
Um dos principais instrumentos para o combate a esse tipo de doença é o saneamento básico adequado, eliminando uma das fontes de proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti. Estudos da Organização Mundial de Saúde mostram que cada dólar investido em saneamento básico economiza futuramente quatro dólares em custos de saúde pública.
Nessa corrida pela saúde, o estado de Alagoas emergiu em 2020 como um pioneiro ao abraçar um modelo de concessões para melhorar seus serviços de saneamento básico. Após a aprovação do Marco Legal do Saneamento no Brasil, Alagoas liderou com o primeiro leilão de concessões dos serviços de água e esgoto, envolvendo diversos municípios. Esta iniciativa representa um importante passo na direção de mitigar os desafios do saneamento que tanto afetam a saúde pública.
A concessionária Águas do Sertão, que desde 2022 controla os serviços de saneamento de 34 municípios do leste, agreste e sertão alagoanos, já apresenta resultados promissores após executar mais de 80 mil metros de extensões de rede que levaram água a localidades antes de abastecimento crítico, como Palmeira dos Índios, Igaci, Santana do Ipanema, Dois Riachos, São José da Tapera, Delmiro Gouveia, Penedo, Maravilha, Poço das Trincheiras e Palestina. Esse número fica ainda mais significativo quando entendemos que cada metro de rede que se expande representa uma mudança radical na qualidade de vida de muitas famílias.
A concessionária também ampliou o tratamento de esgoto com a universalização de três municípios - Olho D´água do Casado, Jaramataia e Igaci, contribuindo para diminuição não só dos índices da Dengue, mas de outras doenças como Diarreias, Febre Amarela, Hepatites, Conjuntivites, Poliomielite, Escabioses, Leptospirose, entre outras.
Para 2024 e os próximos anos, um total de R$ 1,89 bilhão ainda serão investidos em melhorias das redes de água e esgoto na região – lição de casa que acena para um futuro de mais qualidade de vida e saúde para os alagoanos. A iniciativa de Alagoas serve como um modelo a ser seguido, destacando-se que o investimento em saneamento básico é fundamental não apenas para a saúde pública, mas também para o desenvolvimento social e econômico das regiões.