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Preparação e adaptação .
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A catástrofe socioambiental vivida pelo Rio Grande do Sul deve servir como alerta para a necessidade de o País se preparar para os eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e intensos. Enquanto países desenvolvidos estão gastando mais recursos em adaptação e em infraestrutura, o Brasil está atrasado nesse aspecto.
Quase duas mil cidades brasileiras têm áreas de risco, e milhões de pessoas continuam morando em locais perigosos, como grotas, beiras de rio e encostas íngremes. O País não está adaptado para enchentes, assim como não está para secas.
Além das obras de infraestrutura, é necessário aperfeiçoar os sistemas de alerta, que devem estar presentes em todos os lugares de risco. Com as previsões meteorológicas, é possível anunciar um evento de extremo climático com dias de antecedência. Também é fundamental melhorar a ação da Defesa Civil.
Em médio prazo, deve-se buscar soluções para remover o contingente de famílias que ocupam essas áreas de altíssimo risco. O que não se pode é simplesmente não fazer nada e esperar pela próxima tragédia.