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Livros que libertam: um cântico de esperança .

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Regimentalmente, a Academia Alagoana de Letras, tem como objetivo divulgar e levar a literatura a setores até mais remotos da sociedade, meta fortalecida quando, em meados de 2023, após firmar parceria com o Tribunal de Justiça e Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas, ofereceu sólida robustez ao maior projeto social dos últimos tempos, ora em curso na Terra Caeté, intitulado “Livros que Libertam”.

Trata-se de uma decisão pioneira que incentiva o detento não somente a vislumbrar nova perspectiva de vida, mas também a reduzir sua pena em quatro dias, após ler e resumir livros, até o limite de doze unidades por ano.

Firmando-se nos corredores dos presídios alagoanos, o projeto “Livros que Libertam” brilha como uma estrela-guia na noite mais densa, sendo cada página virada comparada a verdadeiro sopro de liberdade, janela aberta para mundos desconhecidos, onde a alma do leitor encontra refúgio e o espírito, redenção, enquanto as palavras dançam nas mentes aprisionadas, tecendo sonhos e aspirações, rompendo grilhões invisíveis.

Importante saber entender que, independentemente do crime cometido, os apenados merecem receber atenção em busca da sua penitência, recuperação e possível retorno à comunidade onde viveu, sendo a possibilidade de ler e manejar palavras através da escrita um proposito fantástico que carece de ser incentivado por mais instituições.

Cada vez mais estruturado, na atualidade “Livros que Libertam” conta com quase 4.000 adeptos no sistema prisional do Estado, ampliando sua influência através de atividades como o “café literário”, que ocorre a cada mês e onde textos de escritores alagoanos são discutidos, e a “Festa Literária”, que acontecerá no interior do sistema prisional em setembro próximo.

Então, como resposta ao esforço de muitos, brotam resultados alvissareiros, a partir do momento em que nesse oásis de letras detentos redescobrem a humanidade eventualmente perdida, enxergando nas entrelinhas de cada novo parágrafo a possibilidade de um recomeço, pois “Livros que Libertam”, mais que uma perola, é um cântico de esperança, melodia suave que ecoa entre as celas, lembrando a todos que, através da leitura, a emancipação verdadeira começa no coração e na mente.

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