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“Não troco meu “OXENTE” pelo “OK” de ninguém” .
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O mestre Ariano Suassuna de onde estiver continua pontificando no seu, no nosso Nordeste velho de guerra. Certas pessoas não partem, ficam, e Ariano é uma dessas pessoas, para orgulho de todos nós, que ainda estamos por aqui.
O sentimento nordestino que nos une é muito forte, indisfarçável, nos distingue, nos rotula.
Lembro quando era estudante na PUC do Rio de Janeiro, assistindo uma aula do saudoso Dr. Aroldo Valadão, professor de Direito Internacional Público, na dúvida sobre uma passagem da exposição, interpelei ousada e impertinentemente o nobre professor, com um sonoro oxente, professor! Pra quê? Desde então sofri “bullying” durante mais de um semestre, oxente cabra da peste! Bradavam os colegas de turma na minha passagem.
Outra feliz coincidência no contexto da minha particular admiração pelo mestre Ariano foi quando ganhei de presente um genro muito especial, meu único genro, depois de queridas noras, Saulinho Suassuna, que é nada menos que sobrinho neto e discípulo de Ariano, construtor do prédio “Ariano Suassuna” próximo da residência do mestre em Casa Forte.
Ariano Suassuna, que mais uma vez afirmo não nos deixou, continua aqui firme e forte nos premiando de exemplos com a “aula espetáculo”, tem lugar garantido na galeria dos mais destacados nordestinos de todos os tempos, passado, presente e com certeza futuro, comandando nossas iniciativas e aspirações, inclusive as secretas, secretíssimas que estrategicamente não devemos revelar para não estragar a augusta surpresa.
O empresário João Carlos Paes Mendonça resumiu sem cerimônia no seu slogan, o sentimento de todos nós “Orgulho de ser nordestino”.
Por tudo isso e mais um pouco, somos soldados da linha de frente do batalhão de Ariano, filho da mãe Paraíba e do pai Pernambuco, na intransigente defesa da República do Nordeste do Brasil, e ai de quem não gostar, já dizia o conterrâneo Lampião, o “herói do Sertão”.
A despeito das cretinas tentativas sulistas de nos constranger e desqualificar, tais como “cabeças de aeroporto”, “cabeça chata”, “paraíbas”, somos sim “cabeças chatas”, “paraíbas” de todos os quadrantes do Nordeste, “cabras da peste” de couro grosso, moldados na adversidade extrema, para enfrentar esses idiotas pontuadores das desigualdades econômicas e sociais como a maior de nossas tragédias, que ensejaram no passado a “Revolução separatista de 1817”, comemorada em Pernambuco em 6 de março no feriado da “Data Magna”, com raras e honrosas exceções.
Ressalvas que devemos pontuar e agradecer como brasileiros, gente como nós, humanos, éticos, resilientes às mazelas de norte a sul do velho Brasil, valendo lembrar que estamos presentes no Executivo, Legislativo e judiciário, porta vozes de homens como Ariano Suassuna bandeira do Nordeste!