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Recordo quando, aos dezesseis anos, prestes a viajar para a Califórnia-EUA, onde concluiria o nível médio no La Serna High School, meus pais me falaram: “Filho, enquanto lá estiver, não faça nada que você não realizasse de sã consciência em sua cidade”. Desde então, tomei aquelas palavras como dogma de vida.

Recentemente, navegava no oceano quando imprevisto me deixou preso em um banco de areia. Existiam duas formas de escapar do local: andar cautelosamente sobre afiados arrecifes ou arriscar a rota mais curta, nadar contra a maré, exposto ao acaso e prisioneiro das metáforas da vida, representadas por desafios que encontraria.

Caminhar sobre as formações rochosas exigia paciência e atenção, pois, apesar de ser um percurso mais longo e repleto de riscos de pequenos ferimentos, oferecia maior controle sobre o avanço. Já o mar aberto, embora solução rápida, trazia consigo a incerteza das correntes e o perigo das ondas imprevisíveis.

Nesse momento, lembrei-me de uma estória de trancoso, ainda hoje para mim verdadeira lição atemporal sobre confiança, obediência e precaução. Chapeuzinho Vermelho, uma menina ingênua, ao levar comida para a avó, pelo caminho da floresta cheia de perigos por ela subestimados, passou a ser vítima do Lobo Mau, astuto e manipulador, simbolizando as ameaças enfrentadas ao desviar de nossos caminhos, ignorando conselhos importantes e tendo que arcar com consequências graves.

Decidi pela primeira opção, retornando à terra firme são e salvo, conseguindo controlar as variáveis do acaso, transformando incerteza em previsibilidade, encontrando maneiras de minimizar seus impactos, não somente planejando, mas antecipando cenários e criando margens de segurança para reduzir a influência do inesperado, e, o que é mais importante, retornando mais consciente ainda, para conviver com seres humanos.

Hoje, cada vez mais me convenço que saber relacionar com pessoas é mais difícil que enfrentar o mar bravio, requerendo habilidade essencial que exige paciência, empatia e compreensão, pois cada racional carrega consigo universo próprio de experiências, valores e expectativas, que tornam o convívio rico, mas também desafiadora troca.

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