“Cidadão de Viçosa de Alagoas, dos arredores da Serra dos Dois Irmãos, um dos últimos redutos da Guerra dos Palmares, vivo contemplando a imagem do Zumbi, sinto-lhe os rumos dos sonhos e o calor do sangue libertário.” Renomado senador por três vezes, Teotônio Brandão Vilela (28.05.1917 – 27.11.1983). migrou para a Cidade Maravilhosa para cursar Engenharia e Direito. Contudo, desistiu das cátedras. Retornando à terrinha (1937), dedicou-se à política partidária com ênfase e sucesso absoluto.

Filho do pecuarista Elias Brandão Vilela e Isabel Brandão Vilela, tornou-se proprietário das Usinas Reunidas Seresta. Filiado à UDN em 1948, elegeu-se deputado estadual, exercendo seu mandato em 1958. Em 1960, elegeu-se vice-governador na chapa do udenista Luiz de Souza Cavalcante, tornando-se o Menestrel das Alagoas pela sua oratória, bem como pela sua luta em prol da democracia nacional. Inclusive, o bucólico município de Teotônio Vilela, situado no hinterlan alagoano, ostenta seu nome. Conheci-o na década de setenta enfrentando o regime militar. Pessoa amável, de fácil comunicação, e, principalmente, estuário de suas ideias democráticas.

Em 1983, a deputada pernambucana Cristina Tavares fundou o Centro de Estudos Políticos e Sociais Teotônio Vilela, que, por sua vez, transformou-se no palco das discussões nacionais. Em 1986, Teotônio Vilela recebeu o título de Grande Oficial da Ordem do Congresso Nacional. Os compositores Milton Nascimento e Fernando Brandt lançaram uma homenagem ao ilustre viçosense: “Menestrel das Alagoas”, cantada por Fafá de Belém, música que se transformou no hino pela campanha das Diretas Já.

Seu neto, o empresário Arthur Sampaio Brandão Vilela, filho do ex-governador Teotônio Vilela Filho, no dia 19 de agosto pretérito, comemorou seu niver em grande estilo. Seu genitor fora homenageado por tudo que fez em benefício das Alagoas, bem como pelo Brasil que seu pai construiu. Minha filha, advogada Vanissa Veiga, juntou-se à galera dourada para cantar o “Parabéns pra você”.

Teotônio Brandão Vilela, consagrou-se como paladino da democracia. Merece figurar na série Construtores de Alagoas, que estou a escrever na prestimosa Gazeta de Alagoas. Homem público probo, merecedor de todas as homenagens recebidas em vida, bem como após sua sentida morte, acontecida em 27 de novembro de 1983. VIVA O MENESTREL DAS ALAGOAS!!!