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Nº 5900
Opinião

Nossa Pátria querida .

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Por MILTON HÊNIO - médico e membro do Conselho Estratégico da Organização Arnon de Mello | Edição do dia 07/09/2024 - Matéria atualizada em 07/09/2024 às 04h00

Comemoramos, neste dia 07 de setembro, mais um aniversário de nossa Independência. Passados todos esses anos (l822-2024), os passos do nosso querido Brasil ainda são vacilantes. O que atrapalha muito o Brasil é o excesso de liberdade em todas as áreas; as leis não são cumpridas, todo mundo é dono da verdade, cada um procura tirar proveito do que pode e do que não pode e por aí vai; o analfabetismo é gritante, principalmente no Nordeste, o que impede a nossa caminhada. Passados todos esses anos, o nosso querido Brasil ainda continua sem fazer o seu papel principal que é o investimento no homem. Se não há investimento no homem o país não terá progresso.

No aniversário de nossa Independência, teríamos que fazer uma bela poesia em homenagem àqueles índios, negros e brancos que, com o seu sangue, regaram a nossa terra e a tornaram cheia de generosidade, solidariedade e fraternidade. Teríamos que fazer uma poesia aos que souberam infundir no nosso ser brasileiro o sentido de família, de alegria e que ajudaram a nossa gente a crescer e a caminhar com a dignidade de um povo que tem esperança, que sabe transformar a dor em energia nova para construir um futuro melhor.

O Brasil só será uma grande Nação quando souber investir dignamente na educação, quando souber estimular a juventude, que aprende depressa e fica ansiosa por se afirmar para não se perder. Passados todos esses anos, o Brasil passou por muitas reformas, mas não pensou de forma contundente na principal delas, que é reforma do homem, a grande, senão a única reforma que o país inteiro vive ansiando, para termos progresso e equilíbrio social.

Nosso país enfrenta problemas estruturais muito graves que se apresentam há séculos. São problemas para os quais as soluções só serão encontradas quando os políticos brasileiros mantiverem um diálogo, cuja finalidade seja o bem comum e não os interesses pessoais ou de grupos. Sem isso continuaremos caminhando em círculos, sem chegar a lugar nenhum.

Parodiando o grande poeta Olegário Mariano eu diria: “Vinde ver! Vinde ouvir homens de terra estranha / o Brasil de minha alma, atormentado e aflito / de quebrada em quebrada, acordando o infinito /. Não é esse Brasil de vida efêmera e leviana, superficial, anêmico e franzino. / É o Brasil que embalou meus sonhos de menino”. Vamos esperar que a nossa querida pátria ache o caminho certo para a sua felicidade.

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