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De cadeirada em cadeirada .
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De tantas cadeiradas da vida, fiquei descadeirado. Mas, a culpa é do tal do “Cadeirudo” da novela (Vixe! Denunciei a idade). Voilà! O fato é que não se fazem mais cadeiras de sucupira. Num ponto é bom, né?! A dita cuja virou protagonista.
Nunca mais estarei confortável no divã da minha terapeuta com a cadeira de contornos e artes magníficas esculpidas nas suas laterais. E os empréstimos no Banco!? Bom, banco não é cadeira. Ou é? Sei lá! Só sei que as cadeiras de plástico não morrem. Foi mal, Titãs! Quem não morre são as flores. Pois é… seguimos.
É tanta cadeirada da vida que dá um nó nos pensamentos. Levamos tanto no lombo que sequer conseguimos sentar direito. Olhe a cadeira aparecendo “travez”. Pelo menos, servem de descanso para o descaso nas filas de espera da vida. Agora, triste foi a topada que dei na cadeira da minha vó. Nuh! Doeu a alma. Tenho o espólio dessa guerra ainda hoje na curvatura exagerada do mindinho. Hehehe! Quem nunca?! Vamos levando.
De cadeiras reclináveis às rígidas seguimos no jogo da vida acreditando em dias melhores e com a possibilidade de respiros.
que as cadeiras do destino nos tragam descanso à espera de dias mais intensos de diálogo e paz. Que os políticos fiquem de pé, com suas almas despidas de vaidades e com assentos de humildade. Que as cadeiras legislativas nos entreguem dignidade e não galos na cuca.
E que ninguém puxe as nossas cadeiras!