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terça-feira, 24/06/2025 | Ano | Nº 5995
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Minha grandiosa Academia Alagoana de Letras .

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“O tempo voa na asa do vento como um simples novelo de fumaça”, diz o poeta. É verdade. 105 anos já se passaram depois que um grupo de intelectuais da terra alagoana daquela época, num feliz momento, resolveu fundar uma Academia Alagoana de Letras. Era o dia 1º. de novembro de 1919, exatamente às 14 horas. O local escolhido foi o Teatro Deodoro. Lá estavam grandes alagoanos que hoje estão perpetuados com seus nomes nas ruas de Maceió: Moreira e Silva, Jayme de Altavilla, Demócrito Gracindo, Fernandes Lima, Jorge de Lima, Aurino Maciel e tantos outros que, com o maior entusiasmo, planejaram e executaram um sonho que dignificou a cultura de Alagoas.

Santo Agostinho que amou a filosofia, as artes e as letras, que deixou para a humanidade uma obra literária rica e singular demonstra que não há arte, literatura e perpetuidade sem sentimento e inspiração. Centenas de nomes ilustres de nossa querida Alagoas passaram por nossa Academia, todos ansiosos por vê-la crescer, no plano material e cultural. Vários presidentes passaram por ela oferecendo todo seu esforço pela sua grandeza. Os últimos que convivi foram Carlos Moliterno, grande jornalista alagoano e Dr. Ib Gatto Falcão, que apesar de nonagenário jamais parou de trabalhar pela Academia, tendo a grande alegria de assistir realizado o seu grande sonho que foi a inauguração da Casa Jorge de Lima, na Praça Sinimbu, hoje um grande patrimônio da nossa Academia. Dizem que todo homem é filho de suas obras. Certamente, todos nós, um dia, seremos alguém que passou. Contudo pouco importa o amanhã, o que importa é a boa semeadura que é feita. Todo homem é um lavrador que planta e colhe, e cada um colhe o que plantou. Os grandes homens que fundaram a nossa Academia e tantos outros que já passaram por ela semearam a terra, plantaram a boa semente e aí está o fruto dos seus sonhos, uma Academia Alagoana de Letras grandiosa fazendo parte da vida dos alagoanos.

Hoje, sob a presidência do dinâmico Rostand Lanverly, nossa Academia faz o possível pelo bem-estar cultural da terra alagoana.

Como o saudoso acadêmico e poeta Jayme de Altavilla, digo: “devo a este mar que lambe a areia da praia da minha terra um pouco da energia da minha vida; devo a este sol um pouco da claridade da minha vida; porém devo a Deus que me deu este mar, este sol, este céu e esta terra, toda a razão de ser da minha vida”.

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