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Nº 5888
Opinião

Ano novo, novas metas, missões cumpridas .

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Por Geovana Santos - escritora mineira, autora do livro infantojuvenil “O Pijama de Nina” | Edição do dia 24/12/2024 - Matéria atualizada em 24/12/2024 às 04h00

A chegada de um novo ano evoca a vontade de querer mais e melhor. Em cada dezembro, paro e escrevo sobre o que fiz e sobre aquilo que ainda quero fazer. Listo os feitos que realizei e com frequência me surpreendo com a quantidade e o reconhecimento daquilo o que concretizei, ao colocá-los no papel. Escrevo sobre sonhos e metas, faço planos.

E eu amo planos. Encontro verdadeira alegria em planejar um projeto, da mesma forma como sinto prazer em vivenciá-lo, em vê-lo se tornar realidade. Por isso, às vezes me policio para não deixar de apreciar a primeira etapa, a oportunidade de me maravilhar com a realidade dos sonhos que um dia sonhei. Na ânsia de organizar objetivos para o próximo ano, busco não perder de vista justamente a paisagem que só vislumbro em função do caminho trilhado. 

No ano passado, por exemplo, meus registros de dezembro começavam assim “[...]o sol que brilha para mim reflete os sonhos de outra época, em outro plano, em outra estação”. Reconhecer de onde viemos e tudo que já fizemos tem um grande peso ao traçarmos nosso futuro. Sejamos também generosos conosco na reta final para esse Natal.

E sobre as metas para o novo ano, eu escolho poucas e decido colocar meu coração nelas. Uma de saúde, uma de conhecimento, uma de um sonho pessoal e uma ou duas de planos em conjunto. 

A escolha de poucos objetivos, específicos e memoráveis, permite zelar e trabalhar por eles ao longo do ano. Avaliando-os. Celebrando. 

Para além das comemorações, uma repercussão importante desse processo reside no fato de que serão essas metas que terão o poder de guiar decisões nos próximos meses. Afinal, quando priorizamos algo, estamos assumindo que outras coisas ficarão de lado. Pessoalmente, é ao selar comigo esses compromissos que encontro paz, também ao meditar no final do ano seguinte, sobre coisas não fiz.

Assim, esses últimos dias de 2024 podem conter a lista de 2025 e contribuírem para que o ano que chega some sonhos e realizações. Que a trilha sonora das chuvas de dezembro possa nos inspirar também a agradecer: no aconchego do nosso lar, de frente para as nossas aspirações, que seja possível refinar nossas futuras escolhas e brindar àquelas que nos trouxeram a mais esse momento de reflexão.

Por fim, se eu pudesse acrescentar uma tarefa perene na lista, seria a de exercitar a habilidade de comportar o imprevisto, de ser flexível, de fazer do inesperado uma oportunidade. Que, em 2025, haja muito mais para vislumbrar. E que, se as nossas vontades cruzarem com surpresas, seja possível conciliar metas com o acaso. E que, com isso, o futuro seja ainda melhor.

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