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Nº 5900
Opinião

Nossa querida Alagoas

| MILTON HÊNIO * Era o dia 16 de setembro de 1817 quando D. João VI, por decreto, tornou capitania independente nossa querida Alagoas. Assim, alagoanos e pernambucanos, passavam a ser livres em suas regiões. Estava realizada a grande emancipação política

Por | Edição do dia 14/09/2008 - Matéria atualizada em 14/09/2008 às 00h00

| MILTON HÊNIO * Era o dia 16 de setembro de 1817 quando D. João VI, por decreto, tornou capitania independente nossa querida Alagoas. Assim, alagoanos e pernambucanos, passavam a ser livres em suas regiões. Estava realizada a grande emancipação política de nossa terra. Seguiu-se, após aquela data, um período de grandes agitações, de muita turbulência, porque D. João VI não fixou em seu decreto os limites, separando as duas regiões. E haja confusão. Toda essa história é muito bem descrita pelo saudoso escritor e poeta alagoano Jayme de Altavila, em seu livro Historia da Civilização das Alagoas. Nosso querido Estado, tão rico em belezas naturais, com um belíssimo litoral, tendo 230 quilômetros de costa e um imenso coqueiral margeando nossas lindas praias, desde sua emancipação que vive atropelado pelos seus próprios filhos. De 1817 até 1889, quando foi proclamada a República, foi espantosa a quantidade de homens, chamados na época de presidentes da colônia, que governaram Alagoas. Vejamos: 2 alagoanos (apenas 2); 18 pernambucanos; 12 da Bahia; 8 cariocas; 3 do Pará; 4 de Minas; 4 de são Paulo; 2 do Ceará; 2 da Paraíba; 2 de Sergipe; 1 do Rio Grande do Norte; 1 de Mato Grosso; 1 argentino naturalizado português e um português. Todos eram recebidos com muitas homenagens e tratados com muito apreço, segundo o historiador. Vejam vocês que vem de muito longe esse hábito do alagoano de prestigiar ao máximo o forasteiro, em qualquer função, em detrimento do seu conterrâneo. Essa falta de auto-estima é outra característica do povo alagoano; ele não dá o devido valor a coisas da terra, nem prestigia os empreendimentos aqui realizados, achando sempre que nada vai dá certo. Com seus 26 mil quilômetros quadrados, nossa querida terrinha já foi destaque pelo Brasil afora pela grandeza de muitos de seus filhos e também já sofreu muito pelo desastre ocasionado por outros tantos filhos que lhe deram a fama negativa de violência. Chegou a hora, portanto, dos políticos, independente de siglas partidárias, darem as mãos e batalharem para que haja o progresso e a paz em Alagoas, sonho de todos os alagoanos. Já caminhamos muito nos últimos tempos. Tanto o Estado como a capital, nossa encantadora Maceió, tem passado por grandes reformas ultimamente, e já apresentam uma nova visão de progresso. Tanto o governador Teotonio Vilela como o prefeito Cícero Almeida, se empenham com entusiasmo pela felicidade do nosso povo, tenho certeza. Eu digo sempre que Alagoas é um paraíso encantado, que possuindo uma bela natureza foi por Deus abençoado. (*) É médico ([email protected]).

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