Os novos crimes - Editorial
Entre as notícias mais preocupantes repercutidas pela imprensa nos últimos anos, principalmente em relação a Alagoas, merece mais atenção uma divulgada no início da semana. A matéria, suficientemente detalhada, traz novos dados amedrontadores a respeito d
Por | Edição do dia 24/09/2008 - Matéria atualizada em 24/09/2008 às 00h00
Entre as notícias mais preocupantes repercutidas pela imprensa nos últimos anos, principalmente em relação a Alagoas, merece mais atenção uma divulgada no início da semana. A matéria, suficientemente detalhada, traz novos dados amedrontadores a respeito da criminalidade. Mas precisamente acerca da quantidade de assassinatos no último fim de semana, na capital e em outros locais do território alagoano. Foram quinze mortes em três dias. E devem ter sido mais, pois a reportagem cita apenas os casos que chegaram ao conhecimento da opinião pública com base no número de vítimas registradas no Instituto de Médico Legal (IML) em Maceió. Novamente verificamos que, apesar dos esforços dos organismos como a Secretaria de Defesa Social e outros que têm avançado no combate aos diversos tipos de violência, nos últimos meses, no território alagoano, estamos diante de um quadro de insegurança cujo controle não depende apenas de mais recursos e discursos. Os dias mais próximos das eleições, e mesmo quando elas acontecem, como em épocas mais antigas e recentes, devem ser tratados com cuidados redobrados, não apenas nos municípios que têm contado com a participação de tropas federais reforçando as atividades realizadas pela Polícia Militar e Civil, além das demais repartições da Justiça Eleitoral, da Justiça Comum, do Ministério Público e outras entidades envolvidas no processo eleitoral. É necessária, antes de tudo, uma série de medidas abrangentes, permanentes e de fato eficazes, a começar pela melhoria do nível de conscientização de expressiva parcela da sociedade, para que o voto seja realmente usado para dotar as nossas cidades, os nossos Estados, o nosso País, de governantes e legisladores que tiveram e têm as questões como a segurança pública no rol das suas verdadeiras prioridades.