Sem perder tempo
Eleições findas em Alagoas, urge que os eleitos não desperdicem tempo e se debrucem sobre os problemas que irão enfrentar, a partir de 1º de janeiro de 2008. Aos que foram reeleitos, está colocada a missão de corrigirem possíveis falhas e erros cometido
Por | Edição do dia 12/10/2008 - Matéria atualizada em 12/10/2008 às 00h00
Eleições findas em Alagoas, urge que os eleitos não desperdicem tempo e se debrucem sobre os problemas que irão enfrentar, a partir de 1º de janeiro de 2008. Aos que foram reeleitos, está colocada a missão de corrigirem possíveis falhas e erros cometidos na gestão em curso e iniciar o novo mandato desde já, ganhando assim cerca de 90 dias, como antecipação, para implementação dos planos alardeados durante as campanhas. Alagoas não pode perder tempo e as estruturas municipais estão submetidas a grandes dificuldades, agravadas em função da implementação de um municipalismo canhestro, onde, na maioria das cidades, viceja um descompasso entre as responsabilidades e as disponibilidades do erário. Para não se desperdiçar tempo e oportunidades, portanto, faz-se necessário arregaçar as mangas desde agora, postergando as comemorações pela vitória. Mesmo aqueles que defrontam-se com contestações jurídicas acerca do resultado das urnas devem priorizar o planejamento de suas gestões. Se a Justiça, ao fim e ao cabo, não lhes for favorável, pelo menos restarão projetos, idéias práticas, reais, que deverão ser apresentadas aos munícipes como prova da dedicação da liderança política às causas da população. Muito há com o que se preocupar, planejar, pôr em cronogramas, agendar. Pelas emoções extravasadas nos dias seguintes ao anúncios dos resultados, em vários municípios alagoanos, é evidente o risco da batalha eleitoral, ao invés de findar-se no tempo certo, radicalizar-se numa perenização estúpida, em prejuízo das comunidades e do desenvolvimento nessas cidades. Aos insatisfeitos resta apenas o caminho da Justiça; ameaças, incitações à baderna e coisas do tipo, como estão a acontecer, são intoleráveis e merecem o enfrentamento mais rígido possível. Os municípios de Alagoas não têm tempo a perder.