app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5900
Opinião

Os desafios do agroneg�cio alagoano

Não é à toa que o Poder Legislativo de Alagoas resolveu somar seus esforços, com outras instituições públicas e com o setor produtivo, para garantir o sucesso da 58ª Expoagro. O segmento agropecuário alagoano é simplesmente determinante em nossa economia.

Por | Edição do dia 19/10/2008 - Matéria atualizada em 19/10/2008 às 00h00

Não é à toa que o Poder Legislativo de Alagoas resolveu somar seus esforços, com outras instituições públicas e com o setor produtivo, para garantir o sucesso da 58ª Expoagro. O segmento agropecuário alagoano é simplesmente determinante em nossa economia. Se a principal atividade econômica – a agroindústria canavieira, líder na geração de tecnologia – responde por considerável parcela do nosso PIB e gera mais de quatrocentos mil empregos diretos e indiretos, devemos voltar nossos olhos para outros segmentos na área rural que geram postos de trabalho e contribuem com o desenvolvimento. A referência poderia ser diretamente ao agronegócio da pecuária de leite, que engloba mais de cinco mil produtores na região da Bacia Leiteira, base da economia de, pelo menos, dezoito cidades alagoanas. No Agreste, Arapiraca mantém a tradição da cultura fumageira, mas já apresenta o plantio da mandioca como alternativa, com ocupação de área superior a 25 mil hectares, além do cultivo de gêneros de primeira necessidade. No mapa do agronegócio local, menciono a experiência da laranja lima, em Santana do Mundaú, e do cultivo da banana, na região de União dos Palmares. No campo da fruticultura, o cooperativismo bem-sucedido de Pindorama contribui para realçar a produção diversificada de alimentos. Mais ao Sul do Estado, a presença do arroz e da piscicultura no Baixo São Francisco. Desejo ainda citar o fato de Alagoas exportar mel de abelhas para outros Estados. Deixei para citar a pecuária de corte na reta final desta reflexão, porque nem tudo ainda se converteu em flores no espinhoso caminho do agronegócio. O nosso rebanho bovino ultrapassa um milhão de cabeças, das quais 70% são de gado de corte e as demais voltadas para a produção leiteira. Contudo, no que diz respeito ao fantasma da aftosa, Alagoas continua classificada como zona de risco desconhecido, o que deprime o setor em seu esforço de crescer e gerar oportunidades. No campo da defesa sanitária, há ainda o problema do fechamento de matadouros municipais. Como se vê, a Expoagro dará uma luz nessa área sem a qual a economia alagoana não caminha. Mas também abrirá portas para se refletir acerca dos desafios de fortalecer o campo, com mais recursos e mais políticas públicas, de modo a que possamos vislumbrar na área rural a solução de problemas que continuam a se avolumar nos centros urbanos. (*) É presidente da Assembléia Legislativa de Alagoas.

Mais matérias
desta edição