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Nº 5905
Opinião

M�dia e cidadania

Mais uma vez a imprensa presta uma importante contribuição à cidadania e à justiça. Graças a uma cobertura detalhada e consubstanciada, um fugitivo é descoberto depois de anos incógnito. Sem cair na armadilha da pressa desmedida, a reportagem da Gazeta

Por | Edição do dia 22/10/2008 - Matéria atualizada em 22/10/2008 às 00h00

Mais uma vez a imprensa presta uma importante contribuição à cidadania e à justiça. Graças a uma cobertura detalhada e consubstanciada, um fugitivo é descoberto depois de anos incógnito. Sem cair na armadilha da pressa desmedida, a reportagem da Gazeta de Alagoas checou detalhadamente a informação que circulava, à boca miúda, em Maceió, desde a trágica sexta-feira onde as duas jovens reféns eram baleadas em Santo André: Eloá era alagoana e filha de um dos homens mais procurados pela justiça estadual. Com o cuidado que o caso requeria, todas os dados foram checados, conhecidos e familiares do suposto fugitivo foram contactados e, enfim, a descoberta estampada, em primeiríssima mão, em nossa edição de ontem. Incontinenti, os muitos sites leitores da Gazeta de Alagoas cuidaram de também divulgar a novidade. E, no meio da terça-feira, a verdade estava comprovada e replicada na grande mídia nacional. Caso seja levada adiante a intenção do ex-cabo da PM alagoana, de se entregar e a isso seja acrescida a disposição em falar o que sabe, muitos crimes poderão ser desvendados em Alagoas. Afinal, como ele mesmo diz, é um “arquivo vivo”. Antes de condená-lo antecipadamente, a sociedade alagoana deve cobrar sua colaboração para com a Justiça. Marcado por (mais) uma dor profunda, a perda da filha brutalmente assassinada, esse homem que reconhece saber dos meandros dos assassinatos em Alagoas tem a obrigação moral de contar o que sabe, dizer o que testemunhou em suas jornadas por nosso Estado; tem o direito natural de defender-se das acusações e tem a obrigação de aceitar os veredictos exarados pela Justiça ao fim dos processos que lhe são movidos. A dor profunda que esse homem inegavelmente sentiu quando da morte da filha deve-lhe conduzir a uma mudança radical de atitude, em benefício da lei.

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