Editorial
Desafio educacional

O Brasil enfrenta um sério desafio educacional: 29% da população entre 15 e 64 anos é considerada analfabeta funcional, ou seja, não possui habilidades básicas de leitura e escrita suficientes para compreender pequenas frases ou identificar informações simples. Esse índice permanece estagnado desde 2018, evidenciando a persistência do problema.
Particularmente preocupante é o aumento do analfabetismo funcional entre os jovens de 15 a 29 anos, que passou de 14% em 2018 para 16% em 2024. Especialistas atribuem esse retrocesso, em parte, aos impactos da pandemia de Covid-19, que resultou no fechamento de escolas e na interrupção das aulas presenciais.
O analfabetismo funcional não é apenas uma questão educacional; é um obstáculo ao pleno exercício da cidadania e ao desenvolvimento socioeconômico do País.
A falta de habilidades básicas de leitura e escrita limita o acesso a oportunidades de emprego, restringe a participação ativa na sociedade e perpetua ciclos de pobreza e exclusão social. Para enfrentar esse desafio, é preciso implementar políticas públicas eficazes e abrangentes. É essencial também promover a inclusão digital, garantir infraestrutura adequada nas escolas e combater as desigualdades socioeconômicas que contribuem para o problema.