Potenciais caet�s
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Por | Edição do dia 02/11/2008 - Matéria atualizada em 02/11/2008 às 00h00
Considerado um sucesso, o 2º Encontro de Negócios de Energia de Alagoas foi realizado na semana passada e deixou, em aberto, uma série de propostas positivas para nosso Estado. O desafio agora, é seguir adiante, buscando os investimentos necessários para o deslanchar das idéias apresentadas. Energia não é necessidade nova, e há séculos essa demanda faz parte dos objetos de desejo das comunidades interessadas em seu próprio progresso. No século 20, porém, o dilema energético sofreu um salto de qualidade e as quantidades em jogo tomaram, de um dia para o outro, dimensões liliputianas. As duas grandes guerras mundiais não só tiveram a disputa das fontes energéticas como uma das motivações mais importantes como o correto uso (e as inovações tecnológicas daí decorrentes) dos potenciais de energia foram, mais que em todos os conflitos anteriores, elementos estratégicos de vital importância. E hoje, no alvorecer do século 21, as fontes de energia seguem mobilizando exércitos poderosos em luta de vida ou morte, como no caso do Iraque invadido e mantido sob dominação estrangeira por um único motivo: petróleo (apesar das justificativas esfarrapadas apresentadas). Sem guerra, mas com a lamentável paz dos cemitérios, Alagoas tem perdido muitas oportunidades de uma melhor utilização de seus potenciais energéticos e esta realidade negativa tem de ser mudada. É o que ficou claro para quem acompanhou os trabalhos do encontro promovido pela Secretaria de Desenvolvimento. Nosso Estado segue sendo detentor de grandes potenciais (gás e petróleo; biomassa; eólica e solar...) e precisa virar o jogo. É hora de unirem forças o poder público e a iniciativa privada e, sem desperdiçar a energia intelectual exposta nos projetos discutidos, levá-los adiante, guerreando pela realização integral destes potenciais.