História
Construtores de Alagoas XC

“Não se busque somente nas raízes a verdade, porém colha nas sementes de onde brotará a verdadeira seiva que conduzirá à afloração dos frutos do Direito ”. Pensamento erudito do escritor e juiz de Direito Dr. Wilton Moreira da Silva. Nasceu na bela Maceió, estudou no antigo Liceu Alagoano, formou-se pela Antiga Faculdade de Direito da Ufal, destacando-se como intelectual de escol quer na jurisprudência, quer como escritor e consagrado articulista da Gazeta de Alagoas e do extinto Jornal de Alagoas. Homem público probo, amável no trato com a minha singular pessoa.
Ingressou na magistratura em 1966, exercendo suas relevantes atividades judicantes nas comarcas de São Brás, Traipu, Olho D’Agua das Flores, Santana do Ipanema, Pão de Açúcar, São José da Lege, Colônia Leopoldina, Penedo, Piaçabuçu, Murici, União dos Palmares e Arapiraca. Prolatou sentenças contemplado o Direito a todas as classes sociais. Diga-se de passagem, foi elogiado pela sua conduta digna e respeitada.
Na capital alagoana, foi juiz da Vara de Homicídios, auditor militar, juiz da Vara de Execução Penal e presidiu o Tribunal do Júri à altura de suas responsabilidades. Exerceu a magistratura em 1987 e 1998. Foi membro da União dos Escritores em São Paulo, da Associação dos Magistrados e de outros sodalícios de relevo.
Adotou estilo próprio, consagrando-se com suas belíssimas obras: Imburama (1976), Eu, o Relator (1992), Temas de Direito (1995), Direito Ambiental (Tese), Instantes de Maceió (1995), Retrospectos Jurídicos (2000), dentre outros. Recebeu prêmios da Academia Alagoana de Letras e da Associação dos Poetas de Alagoas. Deixou, portanto, marcas indeléveis quer como juiz de Direito, quer de escritor durante sua profícua existência.
A bem da verdade, Dr. Wilton Moreira, ao longo de sua bem-sucedida trajetória de magistrado, fez uso da jurisprudência para aquilatar os Direitos Humanos. E, por conseguinte, seguiu os ensinamentos do genial Rui Barbosa. “Uns plantam a semente da couve para o prato de amanhã. Outros a semente do carvalho paras o abrigo futuro”. Descanse o sono eterno nos umbrais da Eternidade.