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Apaixonados

Dia dos Namorados e o amor que se completa no outro

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No último dia 12 de junho foi comemorado pelos jovens e os casais apaixonados, o Dia dos Namorados, essa data tão simbólica para os enamorados, que trocam juras, sorrisos e promessas. No dia 13, bem ao lado, é celebrado Santo Antônio, conhecido como o “santo casamenteiro”, protetor dos casais e dos que anseiam encontrar o amor. Na minha casa era uma tradição a trezena de Santo Antônio. Toda a minha infância e adolescência foram vividas com a convivência profundamente agradável de inúmeros amigos e amigas que frequentavam assiduamente a minha casa na comemoração desses festejos.

Lembrando esses tempos, veio-me à mente uma antiga fábula oriental. Contava-se que existia, no Japão, um pássaro muito especial chamado Hyoku e com um detalhe peculiar: ele nascia com uma só asa. Para voar, ele precisava encontrar seu par, outro ser igual, também incompleto, e juntos, num delicado equilíbrio, alçavam voo. Sozinho, o Hyoku permanecia preso ao chão, embora seus olhos mirassem o céu. A história dizia que só se é pleno quando se compartilha, quando se permite ser parte de algo maior do que si mesmo. Essa lenda, tão delicada, me fez pensar em como, no mundo moderno, muitos têm medo de se entregar, de dividir sonhos, fraquezas, planos. Confundem independência com isolamento, liberdade com solidão. Esquecem que amar é, acima de tudo, aceitar a vulnerabilidade de ser dois e não apenas um. No mundo atual, o amor deveria existir como meta prioritária entre os jovens namorados e entre os casais, porém não é isso que presenciamos.

O amor verdadeiro exige entrega. Exige que sejamos capazes de ver no outro um reflexo do que há de melhor e de mais imperfeito em nós. Porque amar é também acolher falhas, respeitar silêncios, compreender tempos diferentes. Como bem disse Drummond, “amar se aprende amando”.

O primeiro passo que se deve dar para a redescoberta do matrimônio ou a continuidade de um noivado feliz, é “fazer-se um com o outro” o verdadeiro caminho do amor. Cada ser humano tem suas características próprias, seus temperamentos individuais, sua maneira de ser, de fazer ou de agir. Nos tempos de hoje, principalmente, as pessoas precisam resgatar o valor do amor paciente, aquele que constrói laços, com respeito e verdade e assim haver felicidade no lar.

À minha querida, esposa Myrza, o meu amor eterno, pela passagem de seu aniversário, exatamente no Dia dos Namorados.

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