Editorial
Melhoras graduais

Os dados mais recentes da Pnad Educação, divulgados nessa sexta-feira (13) pelo IBGE, revelam um cenário de avanços consistentes, embora ainda insuficientes, na área educacional brasileira. Em 2024, o país manteve o acesso universal à escola para crianças de 6 a 14 anos, com 99,5% de cobertura — uma marca significativa, que reafirma o compromisso com a permanência na educação básica obrigatória.
Outros grupos etários, no entanto, continuam enfrentando obstáculos para alcançar a universalização do ensino. As taxas de matrícula de crianças de 4 e 5 anos e adolescentes de 15 a 17 anos chegaram a 93,4%, patamar abaixo do estabelecido pelo Plano Nacional de Educação (PNE), cujas metas foram definidas há uma década, em 2014.
É preciso reconhecer os esforços realizados até aqui, que demonstram avanços relevantes na inclusão escolar. Mas é igualmente necessário encarar os desafios com seriedade. Universalizar o acesso não é apenas cumprir metas — é assegurar oportunidades concretas de aprendizado e desenvolvimento.
O Brasil tem avançado, mas não pode se acomodar. A educação continua a ser o caminho mais promissor para reduzir desigualdades. E isso só será possível com investimento, continuidade de políticas públicas e compromisso com a qualidade do ensino em todas as etapas.