Deslocamento forçado

Neste 20 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Refugiado, no momento em que o mundo assiste a uma das crises mais dramáticas e persistentes da atualidade: o deslocamento forçado de milhões de pessoas.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), mais de 120 milhões de pessoas estão atualmente nessa situação, número recorde impulsionado por conflitos armados, perseguições políticas, violência, colapsos climáticos e crises humanitárias. Famílias inteiras abandonam suas casas, países e culturas em busca de segurança, muitas vezes enfrentando rotas perigosas, discriminação e incertezas nos países de acolhida.

O Brasil, embora distante dos epicentros desses conflitos, tem exercido um papel relevante como País acolhedor. Nos últimos anos, recebe fluxos significativos de venezuelanos, haitianos, sírios e, mais recentemente, afegãos e congoleses.

Entretanto, o desafio vai além do acolhimento inicial. É preciso garantir integração efetiva, acesso à saúde, educação, trabalho e respeito aos direitos fundamentais. Em tempos de xenofobia crescente em várias partes do mundo, o Brasil pode e deve ser um exemplo de acolhimento com justiça social e compromisso com os direitos humanos.