Editorial
Desafio demográfico

Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que o Brasil atingiu a menor taxa de fecundidade da história – 1,6 filho por mulher –, fato que está redesenhando o perfil populacional e exigindo reflexão profunda sobre as políticas públicas.
Esse declínio na natalidade não é uma exclusividade do Brasil, mas é um reflexo de mudanças globais no comportamento reprodutivo, que refletem fatores como a urbanização, o acesso à educação e à contracepção, a inserção das mulheres no mercado de trabalho e a crescente preocupação com a sustentabilidade econômica e ambiental.
No entanto, a situação brasileira se destaca, pois coloca em risco o equilíbrio demográfico e apresenta novos desafios para a manutenção de um sistema de seguridade social viável.
Com uma população cada vez mais envelhecida e uma menor taxa de nascimentos, o país enfrenta a perspectiva de uma força de trabalho em declínio, o que pressiona diretamente o sistema de aposentadorias, saúde e assistência social.
Em um cenário de baixíssima taxa de fecundidade, o Brasil precisa reestruturar áreas-chave como educação, mercado de trabalho, saúde e segurança social, garantindo que a transição demográfica seja enfrentada de maneira equitativa e sustentável.