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Uma Estrela Chamada Celso

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A família Jatobá de Almeida chora a partida de seu primogênito, Celso Jatobá de Almeida, que nos deixou no último dia 26 de junho, aos 84 anos. Nascido em Viçosa-AL, em 18 de novembro de 1940, Celso era o primeiro dos doze filhos de Nélson Ribeiro de Almeida e Berenice Jatobá de Almeida, e deixa um legado de retidão, simplicidade e um amor incondicional pela família e pela boa música.

Desde jovem, Celso se destacava. Como muitos recordam, foi um galã de sua época, despertando suspiros e admiração. Dedicou sua vida profissional ao serviço público federal, aposentando-se pelo I.A.A. (Instituto do Açúcar e do Álcool). Longe dos holofotes, era um homem reservado, correto e de uma honestidade inquestionável, qualidades que o tornavam um porto seguro para todos à sua volta.

Sua paixão pela família era evidente em sua vida caseira. Casado há 52 anos, com sua amada Lenir, construiu um lar alicerçado no amor e na dedicação. Desse matrimônio, nasceram Celsinho, André e Leila, que, por sua vez, presentearam o casal com quatro netos, enchendo a casa de alegria e aprofundando os laços familiares.

Celso era um apreciador da boa música e da beleza feminina. Mantinha, também, uma paixão pelo futebol, com o coração dividido entre o rubro-negro do Flamengo e o azul e branco do seu querido CSA, o “Azulão da Lagoa”. Era fã declarado das atrizes, Vera Fischer e Claudia Raia. Contudo, sua maior melodia vinha da voz de Nelson Gonçalves. Embora fosse um dos poucos da numerosa família que não tocava um instrumento musical, Celso era um fã incondicional do “Rei da Voz”, e com um timbre surpreendentemente parecido com o do ídolo, não raro soltava a voz, embalado pelas canções que tanto amava.

Uma de suas últimas grandes alegrias, compartilhada na semana de seu aniversário em novembro de 2024, foi um presente que eu dei pra ele. Graças ao auxílio da tecnologia, uma gravação despretensiosa dos anos 80, de Celso cantando a pérola “A Volta do Boêmio” em uma fita cassete, foi resgatada, por mim, remixada e masterizada. O resultado, que o deixou “muito feliz e bastante emocionado”, eternizou sua voz em um momento de pura boemia e camaradagem familiar.

Além da voz, Celso tinha um humor particular. Francamente direto em suas observações, gostava de brincar com todos, comentando sobre o peso ou a forma física de cada um. Era uma espécie de ritual: ao encontrá-lo, a família já esperava a “observação” bem-humorada, e ninguém se ofendia, pois sabiam que a brincadeira vinha de um lugar de afeto e carinho. Essa franqueza divertida era mais uma característica que o tornava tão querido e especial.

Celso Jatobá parte, deixa um vazio imenso, mas deixa, também, um legado de amor, simplicidade e retidão. Sua memória será eternamente guardada em nossos corações, de uma vida plena e dedicada a todos que ele tanto amou. Descanse em paz, nosso querido Celso. Sua voz, sua risada e seu amor ecoarão para sempre em nós.

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