História
Construtores de Alagoas XCVI

“O modernismo (como o rádio, televisão, discoteca, novelas) vem tomando lugar de muita coisa boa do passado (...) Isto está concorrendo para a extinção (gradativa) do nosso folclore, porém o momento é o de expectativa e não de desespero, ainda (...)”, dizia professor Pedro Teixeira de Vasconcelos, natural de Chã Preta (12.10.1916 - 12.06.2000), meu padrinho de crisma a pedido de minha saudosa mãe, Maria Veiga, sua prima pelo lado dos ancestrais. A bem de verdade, fora um intelectual que defendeu a cultura popular. Isto é, reisado, folclore, música, outros tipos de manifestações raizadas no hinterland alagoano.
Lecionou no Instituto São José - Capela (1942), foi professor-fundador do Colégio Cristo Redentor de Palmeira dos índios (1943-1945) e também fundador do Colégio Pio XII. Afora isso, ensinou Latim, Francês, História e Português no Colégio de Assembleia de Viçosa (1945-1960), Colégio Normal Joaquim Diégues de Viçosa (1945-1953). Foi fundador, diretor e professor de Francês, Escola Técnica de Comércio de Viçosa (1955-1960), Colégio Elio Lemos (1963-1979), atuou como membro do Conselho Estadual de Cultura (1973), professor de Folclore do SENAC (1975-1981), da Empresa Alagoana de Folclore (1977 -1982), foi fundador, diretor e professor de Francês da Escola Cenecista Professora Amélia Vasconcelos - Chã Preta (1978) e, finalmente, pertenceu ao vetusto Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.
Publicou Andanças pelo Folclore (1998), Adivinhas e Superstições, Folclore, Música, Dança e Torneiro (1979), Pastoril (Funted). Articulista na Gazeta de Alagoas, extinto Jornal de Alagoas, Revistas locais e nacionais, foi, em vida, homem público probo, em prol da cultura caeté como um todo.
Nas diversas funções que exerceu, foi recipendiário do título de Cidadão dos municípios de Maceió, Coqueiro Seco, Santa Luzia, Quebrangulo (Terra de Graciliano Ramos), Santana do Mundaú, e Cidadão de Paulo Jacinto, minha querida Terra-Mãe.
Ademais, foi condecorado como Professor Emérito, Medalha Princesa dos Montes – Chã Preta (1996), Secretaria de Comunicação Social (1994). Dir-se-ia que o nome do saudoso mestre Pedro Teixeira de Vasconcelos, pelos méritos próprios, merece ser inserido na série que estou a escrever na Gazeta de Alagoas. Almejo que sua bondosa alma descanse na Mansão Celestial!