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Nº 5905
Opinião

A felicidade n�o � feita de coisas extraordin�rias

Não venho escrever sobre coisas extraordinárias que, não poucas vezes, pensamos fazer-nos felizes. Não. Tudo porque considero felizes aqueles e aquelas que fazem, ordinariamente, bem as coisas ordinárias de cada dia. Pessoas felizes são quantas se perm

Por | Edição do dia 02/12/2008 - Matéria atualizada em 02/12/2008 às 00h00

Não venho escrever sobre coisas extraordinárias que, não poucas vezes, pensamos fazer-nos felizes. Não. Tudo porque considero felizes aqueles e aquelas que fazem, ordinariamente, bem as coisas ordinárias de cada dia. Pessoas felizes são quantas se permitem ser felizes, vivendo o que acontece de comum em sua vida, vez que as coisas extraordinárias, somente, extraordinariamente, acontecem em nossa caminhada. Sabemos que a maior parte dos dias vai realizar-se normalmente. O importante é dar-lhe novos significados. Pode acontecer tenhamos, em alguns dias, momentos especiais, entretanto os momentos marcantes são raros. Por isso, usufruir aquilo que está, cada dia, à nossa disposição é sinal de sabedoria, contanto que lhe demos novos significados. São as diminutas coisas e as pequenas atitudes que, somadas, vão construindo o ramalhete de nossa felicidade. É desejável definir o que desejamos e elaborar uma simples estratégia para consegui-lo. Nem as pessoas felizes desenvolvem um após outro sucesso, nem as infelizes vivem um após outro fracasso. Vêm as pesquisas demonstrando que as experiências das pessoas felizes, como das infelizes, têm seqüência própria. Só que as pessoas infelizes abraçam-se ao pessimismo, enquanto as felizes vêem sempre o céu azul da felicidade, valorizando tudo quanto lhes acontece de positivo no cotidiano da vida. Por isso, acredito que a vida feliz não é satisfeita de momentos extraordinários, senão de fatos comuns e normais que acontecem ao longo do roteiro da caminhada. Assim como os pneus de um veículo devem estar, adequadamente, alinhados para bem funcionar, devem os objetivos estar alinhados e voltados para a direção almejada. Caso contrário, o semblante do ser feliz jamais desabrochará no rosto de pessoa alguma. Em resumo: ser feliz não é fazer coisas extraordinárias, senão realizar, extraordinariamente bem, as coisas ordinárias de cada dia. (*) É bispo emérito de Palmeira dos Índios e presidente da Academia Alagoana de Letras.

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