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sexta-feira, 25/07/2025 | Ano | Nº 6018
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Editorial

Justiça climática

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A declaração da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que reconhece as mudanças climáticas como uma “ameaça urgente e existencial” e abre caminho para que países poluidores arquem com indenizações a nações vulneráveis, é um marco jurídico e moral na luta contra o colapso ambiental.

Embora consultivo, o parecer da mais alta instância judicial da ONU tem peso político e jurídico inegável: ele estabelece um princípio claro de responsabilidade internacional frente aos danos ambientais causados por omissão ou ação deliberada. Em outras palavras, ignorar o clima pode custar caro literalmente.

A iniciativa escancara a desigualdade estrutural da crise climática. Nações que historicamente quase não contribuíram para o aquecimento global enfrentam as piores consequências: elevação do nível do mar, eventos climáticos extremos, insegurança alimentar e deslocamento forçado. Agora, o direito internacional começa a dar voz e legitimidade a esses países, que não têm poder econômico, mas têm o peso da razão.

Diante da lentidão das negociações diplomáticas e da hesitação política dos grandes emissores, a decisão de Haia pode abrir uma nova era, onde a justiça climática deixa de ser uma aspiração e passa a ser uma exigência legal, urgente e global.

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