app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5900
Opinião

A fam�lia bem estruturada

No calendário do tempo, o dia 8 de dezembro marca o Dia da Família. Quando o indivíduo chega à idade adulta e olha para trás e recorda com saudade os bons tempos de sua infância, de sua adolescência, ele sente como foi bom ter tido uma família unida e fel

Por | Edição do dia 07/12/2008 - Matéria atualizada em 07/12/2008 às 00h00

No calendário do tempo, o dia 8 de dezembro marca o Dia da Família. Quando o indivíduo chega à idade adulta e olha para trás e recorda com saudade os bons tempos de sua infância, de sua adolescência, ele sente como foi bom ter tido uma família unida e feliz. Como influenciou sua vida para o bem, para a realização de bons projetos! No mundo confuso, cheio de atritos em que vivemos, mais do que nunca, a família representa a base, o sustentáculo para uma vida feliz. Dostoievski dizia que “o segredo da existência humana consiste não apenas em viver, mas também em construir um motivo para viver”. E o estímulo para a construção desse bem viver é adquirido no lar estruturado. Em todos os casos onde a família é destruída por culpa do pai ou da mãe, a criança sofre, em qualquer situação econômica: sente-se abandonada, confinada, punida, inibida, recheada de conflitos interiores, desejosa por amor, por proteção, compreensão e confiança. E como será essa criança quando for adulta? Nós sabemos que o filho depende para desenvolver sua vida orgânica e psíquica dos cuidados que receber, e que seu desenvolvimento psíquico tem como base a relação entre ele e seus pais. Inegavelmente, nós somos frutos de uma infância bem estruturada, rica de amor. Assim, todas as atividades, todos os gestos, todos os exemplos, todas as atitudes dos pais vão influenciar na edificação do futuro da criança, permitindo que ela se transforme em um adulto feliz ou um adulto problemático na sociedade em que vive. As crianças filhos de lares desestruturados em geral, perdem a sua auto-estima e crescem com modificações de seus temperamentos. Alguns são tristes, medrosos; outras são tímidas ou, ao mesmo tempo, agressivas. Nesses 46 anos no exercício constante da Medicina pude verificar isso de perto. O ser humano sofre muito quando não tem um lar afetivo. Eric From, o grande filósofo e escritor cristão disse certa vez: “Se é virtude amar o seu próximo porque ele é um ser humano, virtude maior é viver com a sua família”. Nós plantamos, vamos colher os frutos. É nosso retorno. Que os pais se conscientizem do seu papel de condutores da felicidade e procurem realmente manter a família unida e feliz. Como as palmeiras, as crianças devem crescer de modo reto em direção ao céu, tendo sempre a certeza de que na família encontra-se o seu porto seguro. Os pais precisam mais do que nunca, nos tempos modernos de serem construtores da paz. Pensar seriamente no que estão fazendo para o futuro dos filhos tendo a certeza de que eles precisam mais de beijos e abraços do que dinheiro e roupas finas para uma caminhada feliz. (*) É médico ([email protected]).

Mais matérias
desta edição