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Nº 5905
Opinião

Mares agitados

Mais cedo ou mais tarde, em marolas ou ondas de maior porte, sem risco de morrer na praia, a crise global nos baterá às portas com força. Preparar-se para essa ocasião é indispensável. Uma primeira questão importante é não se deixar levar por apavoramen

Por | Edição do dia 11/12/2008 - Matéria atualizada em 11/12/2008 às 00h00

Mais cedo ou mais tarde, em marolas ou ondas de maior porte, sem risco de morrer na praia, a crise global nos baterá às portas com força. Preparar-se para essa ocasião é indispensável. Uma primeira questão importante é não se deixar levar por apavoramentos, pois o pânico em nada ajuda. Nesse sentido, não foi errada a classificação de “marolinha” à onda recessiva, dada por quem dispõe de 70% da confiança da Nação. Mas, nesses momentos seguintes, urge a adoção de medidas efetivamente defensivas em relação à onda quem tem varrido o mundo globalizado. Além dos bancos, deveria ser blindado um conjunto de salvaguardas para os pequenos negócios, e – essencialmente – deveriam ser implementadas medidas destinadas à proteção dos empregos. Acertou-se também ao se incentivar o povo a comprar (até porque, afinal, estamos em época propícia para isso, com o advento do clima natalino e do 13º salário), mas é essencial que algo seja feito para preservar a capacidade do trabalhador em cumprir os compromissos assumidos neste período tão fértil em compras e crediários. Se nas nossas praias tropicais quebrar a onda de demissões que está se abatendo sobre o rico Estados Unidos, o complemento do conselho “compre!” será “não pague!” e aí a emenda terá sido (muito) pior que o soneto. Não nos esqueçamos que as previsões para o próximo ano, embora reservem ao Brasil vaticínios menos dramáticos que boa parte dos países em desenvolvimento, indica-nos uma sentida redução na taxa de crescimento. Segundo o Banco Mundial (Bird), em seu estudo Global Economic Prospects 2009, divulgado anteontem, a expectativa de crescimento brasileiro para 2009 foi reduzida de 4,3% para 2,8%, e alguma recuperação só seria possível em 2010, e na marca discreta dos 4%. Ou seja, não têm faltado avisos aos navegantes.

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