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Nº 5900
Opinião

Como vejo as Fazendas da Esperan�a

Quando de nossa última reunião do Episcopado Nacional (CNBB) lá em Itaici (SP), antes da chegada do Papa Bento XVI ao Brasil e de sua visita histórica à Fazenda de Esperança em Guaratinguetá (SP), conversei longamente com dom Irineu Roque Scherer, ainda B

Por | Edição do dia 14/12/2008 - Matéria atualizada em 14/12/2008 às 00h00

Quando de nossa última reunião do Episcopado Nacional (CNBB) lá em Itaici (SP), antes da chegada do Papa Bento XVI ao Brasil e de sua visita histórica à Fazenda de Esperança em Guaratinguetá (SP), conversei longamente com dom Irineu Roque Scherer, ainda Bispo de Garanhuns (PE). Ele cheio de entusiasmo pela criação de uma Fazenda da Esperança Santa Teresinha na Arquidiocese de Maceió, me falava de como ele via as Fazendas da Esperança no Brasil e no mundo. “Conheço a experiência desde seu início. Vi jovens e mais jovens, com problema com drogas, álcool e outras dependências químicas indo, cheios de problemas de toda ordem, e voltando das Fazendas da Esperança, recuperados. Em Garanhuns temos duas Fazendas da Esperança: Nova Santa Rosa, para a parte masculina com capacidade para 100 jovens; Santa Rita, para a parte feminina, com capacidade, no momento, para 30 a 40 candidatas, porém, com um potencial para, num futuro próximo, acolher até 100 ou mais. Inclusive, esta oferece uma experiência piloto, que é a de acolher jovens grávidas e mães com seus filhos pequenos, visto que anteriormente, as mesmas se separavam dos filhos e, como conseqüência, “morriam de saudades” mútuas. A definição do que é uma Fazenda da Esperança, direi, encontra-se num hino muito cantado pelos jovens: “É coisa de Deus!” Percebo isso, no clima que encontro no convívio entre os responsáveis e coordenadores das casas e os/as recuperandos/as e no acolhimento aos visitantes. Destes, tenho ouvido, normalmente, as mesmas palavras: “É um paraíso!” Sim, um paraíso, mas, ainda não celeste... É o modo como as pessoas se expressam para dizer que, a maioria fica surpresa a partir da idéia que tem de uma Fazenda da Esperança, e o que encontram na realidade. Este é testemunho vivo de um irmão Bispo, este testemunho tão vivo e cheio de amor vale para ser repetido por aqui da Fazenda da Esperança Santa Teresinha de Marechal Deodoro, na festa de seu primeiro aniversário, neste mês de dezembro. Aproveito a oportunidade para dizer ao povo de Maceió, que eu nunca em minha vida vi tanta generosidade de uma cidade inteira, é tudo graça de Deus! Eu vejo todos os dias a vida renascer nesta nossa Fazenda da Esperança. Neste ano não nos faltou nada, absolutamente nada e aí descobrimos com a grande mestra Teresa: “Quem a Deus tem nada falta”. Obrigado povo maravilhoso de Alagoas! Obrigado de coração às ovelhas do meu rebanho católico, aos meus irmãos evangélicos de todas as Igrejas, aos não não-crentes e aos que crêem diferentes de mim, aos homens e mulheres de boa vontade, que vibram com a vida e com o bem maior! Viva a Esperança! (*) É arcebispo metropolitano de Maceió.

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