Pequeno alívio

A redução, ainda que tímida, do preço da cesta básica em parte das capitais brasileiras traz um fôlego para milhões de famílias que enfrentam, mês após mês, o desafio de equilibrar o orçamento. Dados divulgados ontem pelo Dieese e Conab mostram que, em julho, houve queda nos valores em 15 capitais, o que representa um respiro diante da escalada que marcou os últimos anos. Em Maceió, houve alta de 2%, mas ainda assim o valor da cesta é o segundo menor do Nordeste.

Embora a diminuição nos preços de itens como arroz, feijão e café seja um sinal positivo no País, o alívio não é uniforme e varia de região para região. Além disso, quando se observa o peso da cesta em relação ao salário mínimo, a realidade continua preocupante: mais da metade da renda líquida de um trabalhador ainda é comprometida apenas para garantir a alimentação básica.

O dado é um alerta claro: enquanto a economia comemora, em várias capitais, a queda nos preços de itens que não podem faltar à mesa, as famílias seguem pressionadas por um custo de vida elevado e por salários que não acompanham a necessidade real. O preço dos alimentos, mais do que uma estatística, reflete a qualidade de vida da população e a urgência de políticas públicas que assegurem não apenas a estabilidade, mas também a acessibilidade a uma alimentação digna.