Editorial
Moradia digna

Moradia digna
Celebrado em agosto, o Dia Nacional da Habitação é o momento oportuno para o País refletir sobre um dos maiores desafios sociais do Brasil: o direito a moradia digna.
Apesar de avanços em programas habitacionais – como o Minha Casa, Minha Vida –, o déficit ainda é alto, ultrapassando 5 milhões de moradias, segundo dados recentes, e se traduz em milhões de famílias vivendo em condições precárias, sem acesso adequado a saneamento, infraestrutura e segurança.
O problema não é apenas de quantidade, mas de qualidade. Bairros inteiros crescem à margem do planejamento urbano, reproduzindo desigualdades e comprometendo o futuro de gerações. A falta de habitação adequada agrava a exclusão social e aprofunda vulnerabilidades, tornando-se um entrave ao desenvolvimento sustentável das cidades, principalmente nos grandes centros.
A moradia digna não se resume à construção de unidades habitacionais, mas envolve também investimento em urbanização, combate à especulação imobiliária e integração com outras áreas, como transporte, saúde e educação.
Para garantir habitação como direito social para todos, como está na Constituição, é preciso combinar vontade política, recursos sustentáveis e participação comunitária.