Um rio de esperan�a que nasce de uma fazenda
Eu continuo dando a palavra para o meu irmão dom Irineu Roque Scherer, atual bispo da cidade de Joinville no Estado de Santa Catarina: Eu mesmo, nas minhas constantes visitas às duas Fazendas de Garanhuns e nas de todo Nordeste, dos quais sou encarregado
Por | Edição do dia 21/12/2008 - Matéria atualizada em 21/12/2008 às 00h00
Eu continuo dando a palavra para o meu irmão dom Irineu Roque Scherer, atual bispo da cidade de Joinville no Estado de Santa Catarina: Eu mesmo, nas minhas constantes visitas às duas Fazendas de Garanhuns e nas de todo Nordeste, dos quais sou encarregado para visitações, posso testemunhar que se trata de uma Obra de Deus, que cresce constantemente. Vejo que a obra oferece uma esperança de vida nova aos que tem a graça de passar pelo menos seu ano, num clima de família. E muitos, depois, desejam como forma de gratidão ou como vocação, dedicarem parte de suas vidas ou mesmo definitivamente consagrando-se no serviço dentro das Fazendas da Esperança. Os jovens que se apresentam, em geral, carregam chagas profundas do passado, mas, uma vez que encontram um clima de fraternidade, desenvolvem admiravelmente seus dotes muitas vezes, escondidos por falta de ambiente e oportunidade. E prossegue dom Irineu: Normalmente, a procura é maior do que a oferta. Há pedidos e mais pedidos de abertura de novas Fazendas da Esperança. O problema das drogas aumenta constantemente. Atualmente, o setor feminino apresenta índices no mesmo nível do masculino. Posso dizer, pela experiência, que, a Diocese que acolhe uma Fazenda da Esperança, terá que se empenhar no acolhimento e na manutenção da mesma, mas também verá a abundância dos dons do alto manifestarem-se em profusão. As Fazendas da Esperança vão para frente, movidas por três eixos centrais: espiritualidade (ou mística), fraternidade (convivência à luz da Palavra de Deus) e trabalho constante. Pessoalmente, faço votos para que, aumente o número de voluntários/as, consagrados/as e a qualidade do atendimento dos pobres mais pobres de nossa sociedade, e que novas Dioceses acolham Fazendas da Esperança e que o Reino de Deus cresça e se desenvolva constantemente. Que alegria para o nosso Estado de Alagoas: ontem, dia 20 de dezembro, na cidade de Poço das Trincheiras, Diocese de Palmeira dos Índios, sob o comando e no ardor pastoral de dom Dulcênio Fontes de Matos, ganhamos mais uma Fazenda da Esperança Nossa Senhora do Amparo! Receba dom Dulcênio meu maior apoio e a total solidariedade de nossa Arquidiocese de Maceió. Parabéns Fazendeiros da Esperança e construtores da paz! (*) É arcebispo metropolitano de Maceió.