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Nº 5901
Opinião

Verde no vermelho

Dentre os balanços específicos feitos sobre este ano em final de carreira, a contabilidade ambiental apresenta seus primeiros sinais vermelhos, indicando um saldo negativo para 2008. Segundo o divulgado na semana passada pela Organização Meteorológica M

Por | Edição do dia 23/12/2008 - Matéria atualizada em 23/12/2008 às 00h00

Dentre os balanços específicos feitos sobre este ano em final de carreira, a contabilidade ambiental apresenta seus primeiros sinais vermelhos, indicando um saldo negativo para 2008. Segundo o divulgado na semana passada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), “temperaturas registradas este ano foram, em média, as mais altas desde 1850, quando os cientistas começaram a registrá-las”. Pelos estudos da OMM, publicados em Nova York, 2008 está marcado pela “ocorrência de fenômenos meteorológicos extremos, como inundações devastadoras, secas severas e persistentes, tempestades de neve e ondas de calor, [foram registradas] em vários países”. O relatório mostra ainda que neste ano quase findo “a temperatura média da terra e do mar foi 0,31 grau superior às registradas entre 1961 e 1990. A informação anterior a 2008 se baseia em dados obtidos por estações meteorológicas em terra, navios, bóias e também via satélite”. Acrescenta a agência da ONU que, “a camada de ozônio aumentou este ano sobre a Antártida em relação a 2007. Além disso, o gelo do mar Ártico atingiu seu segundo nível mais baixo desde que começaram as medições via satélite em 1979. Tendo em conta as mudanças das condições climáticas e seu impacto no meio ambiente e na economia mundiais, a ONU divulgou na terça-feira novas pautas para ajudar os países a coletarem informações importantes que permitirão enfrentar os desastres naturais”. Tudo isso posto, o que fazer? Segundo estudiosos, os problemas seriam irreversíveis, já que o estrago na camada de ozônio estaria consolidado. Mas medidas paliativas, no sentido de reduzir a velocidade nos danos em curso, como a aplicação (mesmo que tardia) do disposto no Protocolo de Kyoto, seriam essenciais para que o futuro nos venha a ser menos dramático. Enfim, resta-nos torcer por um 2009 mais verde.

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