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Nº 5900
Opinião

A ajuda �s pessoas deficientes

Em 1975 a ONU instituiu a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes. Na Constituição Federal do Brasil, promulgada 1988, essas leis passaram a constar de seu conteúdo. Entre os inúmeros artigos que falam da proteção aos deficientes, o número 224 det

Por | Edição do dia 23/12/2008 - Matéria atualizada em 23/12/2008 às 00h00

Em 1975 a ONU instituiu a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes. Na Constituição Federal do Brasil, promulgada 1988, essas leis passaram a constar de seu conteúdo. Entre os inúmeros artigos que falam da proteção aos deficientes, o número 224 determina por lei que sejam adaptados logradouros, edifícios e transportes públicos às condições de utilização pelos mesmos. Todos os países da Europa e América do Norte obedecem a essa lei tão justa. Infelizmente no Brasil, não há uma fiscalização rigorosa do governo nesse sentido e os que carecem de ajuda ficam quase sempre excluídos de participar dos acontecimentos públicos e sociais, ou mesmo dos mais comezinhos movimentos de suas cidades. Maceió, principalmente, está quase toda fora dessa legislação. Poucos lugares oferecem acessibilidade para deficientes. A Câmara de Vereadores, por exemplo, tem seu plenário no segundo andar do prédio que ocupa na Praça Marechal Deodoro, e não possui elevadores. Duas vereadoras paraplégicas foram eleitas, como poderão comparecer, então, às reuniões? Ir a qualquer bairro de Maceió em cadeira de rodas é um verdadeiro transtorno. Não existem rampas de acesso a não ser nas calçadas novas das praias de Ponta Verde e Pajuçara, no Memorial da Avenida da Paz, no Centro de Convenções. Mesmo assim, nesse prédio, o elevador passou semanas sem funcionar, impedindo os deficientes físicos de assistirem aos espetáculos de fim de ano alí acontecidos. Aliás, em vários Estados do Brasil as construções públicas não merecem dos poderes a menor manutenção, haja vista o Aeroporto Zumbi dos Palmares, que há tempos está com dois fingers sem função, e é recém-construído, e tão bonito, mas é só na fachada! O funcionamento é precário, algo está continuamente fora de uso. São Paulo, esta semana, surpreendeu o País com a nova pavimentação da Avenida Paulista inteiramente e cuidadosamente preparada para o uso dos deficientes físicos! Para os portadores de carência visual foram colocados detalhes no calçamento no sentido de adverti-los da proximidade de algum perigo ou orientá-los nos rumos a tomar. Nos transatlânticos modernos, nas companhias aéreas, nos hotéis de primeiro mundo, há uma preocupação constante de oferecer o maior conforto a esse tipo de passageiro. Afinal eles são cidadãos como outros quaisquer: comem, bebem, compram, viajam, estudam, se distraem, pagam impostos, têm as mesmas sensibilidades, as mesmas necessidades, de todos os indivíduos sadios do mundo. (*) É escritora.

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