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Nº 5905
Opinião

Perspectivas verdes

Depois do insucesso em sua campanha presidencial do ano 2000, quando suas pretensões à Casa Branca foram atropeladas por George W. Bush (num pleito eivado de denúncias de corrupção eleitoral), o ex-vice-presidente americano Al Gore segue acumulando sucess

Por | Edição do dia 26/12/2008 - Matéria atualizada em 26/12/2008 às 00h00

Depois do insucesso em sua campanha presidencial do ano 2000, quando suas pretensões à Casa Branca foram atropeladas por George W. Bush (num pleito eivado de denúncias de corrupção eleitoral), o ex-vice-presidente americano Al Gore segue acumulando sucessos em sua carreira de ambientalista. Sua recente intervenção em evento da ONU tem ocupado generosos espaços na mídia globalizada. A mais recente fala de Al Gore se deu durante a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, na cidade de Poznan (Polônia). Ali, falando para uma entusiasmada platéia no dia de encerramento dos trabalhos do evento, o Prêmio Nobel da Paz 2007, elogiou a atuação do Brasil pela redução do desmatamento. Infelizmente, os brasileiros têm pouca confiança nas informações sobre desmatamento, pois a manipulação dos dados sobre essa questão cria uma enorme dificuldade dos nativos identificarem, com precisão, a realidade nacional do problema ambiental. Afinal, como estamos em termos de controle do desmatamento nas regiões estratégicas para o meio ambiente brasileiro? Ou seja, como estará mesmo a realidade do desflorestamento das áreas residuais de Mata Atlântica e das grandes áreas (ainda imaculadas) do Cerrado, do Pantanal e da Amazônia? Dentre as informações contraditórias que bombardeiam a opinião pública brasileira, vale a pena procurar saber, mais a fundo, sobre o conteúdo da fala de Al Gore. Segundo o mais novo astro do ambientalismo global, “o Brasil propôs um novo plano de combate ao desmatamento impressionante” e esse modelo brasileiro deveria “servir de exemplo para o mundo”. Enfim, uma boa notícia. Esperemos que a vida confirme os dados e a avaliação expostos por Gore em Poznan. Esperemos, ainda, que a repercussão positiva estimule o governo brasileiro a levar adiante o controle efetivo do desmatamento em nosso País.

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