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Nº 5905
Opinião

Novo ano de verdade

Sob tenebrosas nuvens plúmbeas, carregadas de crise e guerras, raia 2009. E, premidos por todos esses percalços, o mundo espera que este ano seja realmente novo. Há meses, o mundo sofre com a crise desencadeada desde o ilusório mercado milionário das hi

Por | Edição do dia 01/01/2009 - Matéria atualizada em 01/01/2009 às 00h00

Sob tenebrosas nuvens plúmbeas, carregadas de crise e guerras, raia 2009. E, premidos por todos esses percalços, o mundo espera que este ano seja realmente novo. Há meses, o mundo sofre com a crise desencadeada desde o ilusório mercado milionário das hipotecas americanas; mas, depois do susto inicial, todos esperam que seus respectivos governos, devidamente informados sobre as perspectivas nada alvissareiras, possam, neste ano, construir as salvaguardas econômicas e sociais que faltaram no ano passado. Há dias, o mundo sofre com o martírio do povo palestino, e contabiliza às centenas as vítimas inocentes de um radicalismo sangrento entre vizinhos que deveriam estar em paz. A incapacidade militar dos palestinos em resistir ao massacre perpetrado pelo governo israelense (sob a desculpa de combater terroristas do Hamas), além das lágrimas vertentes no resto do mundo, apenas confirma que os arautos do terror terão mais motivação para seqüenciar essa ciranda de morte. Mas esse espetáculo de horror imposto sobre a Faixa de Gaza, e coberto pela mídia globalizada, também está multiplicando a indignação em todo mundo e, quem sabe, sobre os corpos e os lares calcinados dos palestinos as lágrimas do mundo poderão produzir alguma mudança nas relações de terror entre israelenses, palestinos e árabes – os históricos moradores daquela área na qual se entrelaçam as culturas e as religiões mais marcantes do Ocidente. Esperanças existem, até porque as dificuldades vividas devem nos estimular a superar os obstáculos, vencer as incompreensões. Construir um ano verdadeiramente novo, no mundo e, especialmente, em nossas comunidades, é o desafio a nós colocado desde este primeiro dia de 2009. Acreditar na nossa capacidade de superar as vicissitudes é o primeiro passo a ser dado. E daí seguiremos nossa caminhada – e venceremos!

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