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Nº 5901
Opinião

Saltando ondas

Análises econômicas internacionais dão razão a avaliação de que o Brasil seria alcançado apenas por “marolinhas” desta crise mundial em curso. Segundo estudo divulgado pela britânica BBC, “o mercado de ações brasileiro foi o que registrou a menor queda

Por | Edição do dia 04/01/2009 - Matéria atualizada em 04/01/2009 às 00h00

Análises econômicas internacionais dão razão a avaliação de que o Brasil seria alcançado apenas por “marolinhas” desta crise mundial em curso. Segundo estudo divulgado pela britânica BBC, “o mercado de ações brasileiro foi o que registrou a menor queda em suas cotações em 2008 entre os países do chamado grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China)”. Pelo menos, no ano que passou, a economia brasileira não ficou tão ruim assim considerando-se a quebradeira global. E, especialmente, observando-se o grupo dos quatro emergentes, ao registrar o desempenho menos ruim, nosso País tem o que comemorar. Mas a isso não significa dizer que voamos em céu de brigadeiro. Nuvens plúmbeas continuam a se amontoar nosso espaço aéreo. No balanço 2008 do mercado de ações brasileiro, o índice Bovespa (Bolsa de São Paulo) somou perdas de 41,2%, registrando o maior baque (neste indicador) desde 1972. Nos demais países do grupo Bric, o baque foi maior. A Rússia sofreu a maior queda, com seu mercado de ações anotando um tombo de 72,4% no índice RTS (Bolsa de Moscou). Na veloz China, o índice Shanghai Composite, da Bolsa de Xangai, desabou 65%, a sua maior queda da história. E na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng acumulou perdas de 48% – as maiores desde 1974, após a crise do petróleo. E a velha Índia faturou o segundo menos pior baque dentre os Bric; na Bolsa de Mumbai (Bombaim) o índice BSE marcou 52% abaixo do seu nível de janeiro. Pulamos a primeira onda (ou marola, como queiram) na virada do ano. Resta saber se, na continuidade, quantas teremos mais para saltar. Enfim, ano-novo, crise velha. Teremos que redobrar as atenções e cuidar de preparar nossas defesas, necessárias para as ondas que certamente virão, pois o mundo econômico continua de maré violentamente agitada pela crise global.

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