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Nº 5899
Opinião

Barb�rie tur�stica

Com justo destaque editorial, o desconforto dos visitantes que desembarcam em Maceió pelo Porto de Jaraguá, expõe um dos motivos pelos quais nosso Estado tem perdido espaços como destino político apesar de continuar a dispor de um dos mais ricos potenciai

Por | Edição do dia 08/01/2009 - Matéria atualizada em 08/01/2009 às 00h00

Com justo destaque editorial, o desconforto dos visitantes que desembarcam em Maceió pelo Porto de Jaraguá, expõe um dos motivos pelos quais nosso Estado tem perdido espaços como destino político apesar de continuar a dispor de um dos mais ricos potenciais para esta atividade em todo Brasil. A reportagem flagrou uma estupidez ululante, característica dos despreparados para uma atividade econômica inteligente. Mal recebido, recusado acintosamente por profissionais que lhes deveriam prestar serviços (profissionais que dispõem de concessão pública para fazer esse trabalho sem discriminação de trajeto ou valor da “corrida”), como esse turista voltará a um destino que lhe trata tão desrespeitosamente? E, mais ainda, para que descer de um navio de luxo, onde recebe tratamento de primeiro mundo, e se submeter à descortesia e a desatenções? A persistir tal estado de coisas, os abonados turistas dos navios de luxo perderão todo interesse em descer em Maceió. Mais cômodo será seguir viagem, singrando o Atlântico, comendo do bom e do melhor sem o risco de ser devorado por uma visão antropofágica da atividade turística. O despreparo acintoso não se expressa apenas na deselegância do taxista em impor “corridas” ao visitante. No outro lado da moeda, falha o poder público, pois além de não fiscalizar essa falta de profissionalismo por parte de detentores de concessão pública, nada de significativo é providenciado para uma digna recepção a quem (optante por um meio de transporte que não seja aéreo) chegue a Alagoas para aqui deixar uns bons cobres como remuneração à recepção turística. Ao contrário de quem aterrissa aqui e é acolhido pelo moderno e confortável Aeroporto Zumbi dos Palmares, quem ousa chegar-nos via terrestre ou marítima estará entregue à própria sorte? Ou seja, arriscar-se-á ao triste fim do Bispo Sardinha em nosso magnífico litoral?

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